Possibilidade de haver aulas online preocupa novos estudantes da UMinho

Dos 62 561 candidatos ao ensino superior, 51 mil estudantes foram colocados na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso. A Universidade do Minho colocou a concurso 3.155 vagas e 98,4% já foram preenchidas. 

Ao contrário de outros anos, os campi de Gualtar e de Azurém estavam desertos. Não se ouvia o burburinho de quem acabava de chegar. Não se viam as longas filas, para efectuar a matrícula. Não houve sessão de boas-vindas presencial. De suas casas, os novos estudantes confirmavam a vontade de integrar os diferentes cursos da academia minhota.

Ainda que o cenário fosse bem diferente do habitual, os primeiros alunos chegaram esta segunda-feira para conhecer os cantos à casa. De máscara, acompanhados por familiares. 

Nas imediações do campus de Gualtar, a RUM encontrou Inês Casanova, que entrou na sua 1.ª opção, Estudos Orientais. “As minhas expectativas são muito altas, porque já falei com pessoas que andam no mesmo curso e disseram que os porofessores se esforçam para que os alunos tenham bons resultados”, afirmou. O ano é atípico, e na UMinho o ensino vai dividir-se entre o presencial e à distância. “Primeiro vai ser um bocado difícil, mas tudo se resolve”, acrescentou. 


Em sentido inverso, Carolina Costa, nova aluna do curso de Teatro, prefere não alimentar muito as expectativas. “É um ano de habituação, estou um bocado assustada, mas espero que corra bem. Estava com medo de não me adaptar, porque não ia poder estar sempre no campus”, referiu. 


Acabada de chegar do Brasil, Daisy Carla lamenta que o ensino se vá fazer à distância. A jovem ingressou no mestrado em Unidade de Saúde, e espera “um ano proveitoso e que pela internet consiga ter aprendizagem satisfatória”. “Preocupa-me não ter aulas presenciais, para quem vem do estrangeiro é mais difícil entender”, acrescentou.

Ana Beatriz Teixeira entrou na sua 1.ª opção, Bioquímica, e considera estar a adaptar-se bem. “Acho que este ano vai ser mais difícil. Espero não ter aulas online, porque para alunos do 1.º ano não é fácil. Isso preocupa-me um bocado, mas acho que vai correr tudo bem”, finalizou. 



“Embora não seja a mesma coisa, vai ser um bom ano, em princípio”

Nas imediações do Campus de Azurém, as expectativas são semelhantes. Proveniente de Barcelos, João Yakubets acredita que a Universidade do Minho vai apresentar “medidas de segurança adequadas”. “Ainda não estive lá dentro, mas acho que a universidade é responsável”, refere.

Apesar de o ensino presencial vigorar como regra, ao contrário do que aconteceu no segundo semestre do último ano lectivo, algumas aulas serão ministradas via online. Para o aluno de Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação, a aposta no digital “não é má”. Para João Yakubets, o sucesso desse mecanismo “depende também da autonomia dos alunos”, acrescentando, que, “se houver empenho e as pessoas não fizerem de conta que estão na aula, corre tudo bem”.

Já Tiago Loureiro mostra-se menos entusiasmado com a possibilidade de voltarem a haver aulas online. Confidenciando que “não é muito fã” desse tipo de ensino, o estudante natural de Nelas considera que as aulas presenciais são “mais rentáveis”. Ainda assim, o aluno de Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores compreende a situação. “Não havendo outra possibilidade e se a nossa segurança estiver em risco com o ensino presencial, é melhor o online do que não ter nada”, refere.

Em 2020/2021, o cenário encontrado pelos novos alunos da Universidade do Minho é necessariamente diferente do que o encontrado pelos colegas que entraram mais cedo no Ensino Superior. Apesar de ser “um ano atípico”, Tomás Morais, natural de Vila Real, garante que está “bastante entusiasmado” com esta experiência que arranca na próxima terça-feira. “Embora não seja a mesma coisa, vai ser um bom ano em princípio”.


Liliana Oliveira e Tiago Barquinha Gonçalves

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