Aliança Arqus analisa possibilidade de avançar com seis novos programas

Outro dos desafios da aliança passará pela simplificação da acreditação dos cursos ao nível europeu. Uma questão que terá de ser analisada pela Comissão Europeia e, em conjunto, com os ministros dos 27 estados-membros.

A Aliança Arqus está a analisar seis propostas de novos programas ao nível de licenciaturas, mestrados, doutoramentos, pós-graduações e microcredenciais. A informação foi avançada pela coordenadora da aliança europeia, Dorothy Kelly, durante o retiro de reitores que teve lugar esta segunda-feira, numa unidade hoteleira da cidade de Guimarães. As áreas de aposta deverão passar pelas Humanidades, Estatística, Desenvolvimento Sustentável e Nutrição.

“É muito fácil ter expetativas demasiado altas quando falamos de iniciativa piloto, mas se olharmos para traz e analisarmos o que fizemos, ao longo dos anos, conseguimos avançar muito no que toca a programas e iniciativas conjuntas em todas as universidades. Eu penso que nos próximos anos, os programas conjuntos serão uma questão central. Não apenas com ciclos completos para estudantes universitários, pós-graduação e doutoramento, mas também ao nível das microcredenciais e desenvolvimento de novas ofertas académica mais flexíveis para uma internacionalização transversal das nossas instituições”, declara a responsável.

Uma maior aposta na investigação é outra das apostas de futuro da Arqus. Contudo, para que tal ocorra o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, alerta para a necessidade de “encontrar outras formas de financiar projetos”, visto que as alianças como a Arqus são financiadas a partir do programa Erasmus.

“Para nós é evidente que não é possível ter um projeto como a Arqus pretende ser que não tenha na investigação como uma dimensão essencial e encontrar formas de financiar esses projetos de investigação é uma matéria que está em cima da mesa. Nós temos consciência que para isso é necessário que da parte da Comissão Europeia haja uma maior disponibilidade para que exista um financiamento especializado das alianças nesta dimensão”, defende o reitor da UMinho.

Deste retiro que juntou os nove reitores das academias sairá um memorando em que serão reafirmados os compromissos da Aliança Arqus.

Recorde-se que a Arqus foi criada em 2019 e conta com a participação das instituições do Minho, Granada, Graz, Leipzig, Lyon 1, Maynooth, Padua, Vilnius e Wroclaw.

Conferência anual decorre no campus de Gualtar da Universidade do Minho.

A Universidade do Minho acolhe de 2 a 4 de julho a Conferência Anual da aliança europeia Arqus, que junta mais de 250 professores, investigadores, estudantes e técnicos das nove universidades parceiras, entre outros convidados.

Esta quarta edição tem o tema “Conectando universidades, abordando desafios” e insere-se no programa dos 50 anos da UMinho. O objetivo é acentuar a colaboração na comunidade Arqus, bem como junto de outras alianças europeias e stakeholders do ensino superior, enfrentando melhor os principais desafios no ensino, na investigação e inovação e no envolvimento societal.

O programa decorre no auditório A1 (edifício 1) do campus de Gualtar, em Braga, tendo entrada livre e também transmissão no YouTube. A sessão de abertura é esta terça-feira, às 9h00, com o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, a coordenadora da Arqus, Dorothy Kelly, e o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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