“Ainda não é o momento para pensar na equipa a apresentar em 2021”

O presidente da Câmara Municipal de Braga e líder da coligação Juntos por Braga, Ricardo Rio, afirma que ainda é cedo para pensar nas eleições autárquicas de 2021 e na composição da equipa candidata à vereação.
A um ano do acto eleitoral e a cumprir o segundo mandato como presidente do município, Ricardo Rio afirma que “cada decisão tem o seu tempo” e que “a formatação da equipa é um tema perfeitamente extemporâneo”.
Em 2018 o executivo sofreu a primeira e única baixa na equipa desde 2013: o vice-presidente, Firmino Marques, saiu para assumir funções como deputado do PSD na Assembleia da República tendo sido substituído por Olga Pereira.
Agora, no último ano do segundo mandato, Ricardo Rio afirma que a equipa “está dedicada” aos projectos que o executivo tem em mãos para cumprir e que “no momento próprio se decidirá como é que vai ser formatada a equipa e qual vai ser a candidatura alargada a apresentar aos bracarenses”.
A coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM) sempre assumiu o projecto de gestão autárquica a doze anos, mas as divergências internas no CDS local podem provocar alterações na equipa que a coligação apresentará em 2021.
Os centristas Altino Bessa e Lídias Dias, ambos vereadores, estão de costas voltadas por divergências internas no CDS-PP. Sendo Altino Bessa o presidente da comissão política concelhia do CDS-PP, a actual vereadora da Cultura poderá ter o lugar em risco.
Face às exigências deste segundo mandato, Ricardo Rio poderá também não ter todos os vereadores interessados em avançar para a candidatura a mais quatro anos na gestão do executivo municipal.
A um ano de concluir o segundo mandato como presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio acredita que a maioria dos compromissos que a coligação Juntos por Braga assumiu com os bracarenses serão cumpridos.
O autarca social democrata considera que o seu executivo tem estado à altura, apesar de reconhecer que alguns projectos podiam estar numa fase mais adiantada. “Estamos a cerca de 70% do programa eleitoral. Não estamos propriamente muito aquém daquilo que desejaríamos. Há muito mais concretizações nos anos finais porque há processos que requerem uma série de tramitações que vão sendo desenvolvido ao longo do mandato. Se excluírmos a questão da pandemia, este mandato estava a correr dentro da expectativa e há condições para até ao final concretizar muito daquilo com que nos comprometemos”, sustentou.
Críticas têm subido de tom nas redes sociais. Ricardo Rio afirma que não se pode fazer uma avaliação linear, mas saúda a participação da população
As redes sociais, as críticas negativas e as opções do executivo
Ricardo Rio argumenta que por vezes “há alguma sobrevalorização daquilo que são alguns focos de insatisfação em relação a determinadas matérias, mas porque as pessoas têm muito mais predisposição para contestarem de forma mais veemente determinadas opções que não são do seu agrado do que propriamente para cantarem loas à CMB e aos seus membros do executivo”.
A propósito das críticas nas redes sociais, o autarca assume que algumas das opiniões “também servem para corrigir algumas opções ou acautelar aspectos que não tinham sido valorizados”.
O autarca refere ainda que a cultura de exigência é diferente do passado, e reconhece que nem sempre as opções do executivo são as mais correctas. “Às vezes há opções que temos que tomar contra a vontade das pessoas porque estamos convictos de que é a melhor opção, noutros casos são erros nossos e esses têm que ser corrigidos”, conclui.
