AGERE investe 3ME em Central de Produção de Biometano na ETAR de Frossos

A AGERE vai investir 3.150.410,60 euros na construção de uma Central de Produção de Biometano na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Frossos, em Braga.
A empresa municipal candidatou o projeto ao Plano de Recuperação e Resiliência e prevê o arranque da obra em 2025, sendo expectável que a central de biometano entre em funcionamento em junho de 2026.
Em comunicado, a empresa municipal esclarece que “o projeto contempla o desenvolvimento de uma solução que permitirá potenciar o poder energético do biogás a produzir na ETAR de Frossos através da construção de uma unidade de produção de biometano, que será, posteriormente, injetado na rede pública de gás natural (RPGN), localizada nas proximidades da ETAR”.
O biogás será produzido através da digestão anaeróbia das lamas resultantes do tratamento de águas residuais, em combinação com resíduos orgânicos em processo de codigestão. Para garantir a sustentabilidade das operações, todo o processo será alimentado por fontes de energia renovável e tecnologias com elevado grau de maturidade.
Com uma capacidade instalada de 3,50 MW, a central terá a capacidade para produzir o equivalente ao consumo médio superior a 11.000 habitações e prevê uma significativa redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), estimada em 6.010 toneladas de CO2 equivalente por ano, alinhando-se assim com as metas estabelecidas no Plano de Ação para o Biometano 2024-2040 (PAB). O PAB visa reduzir a pegada de carbono, da economia nacional e diminuir as importações de gás natural, promovendo a segurança energética do país e incentivando o uso deste combustível nos setores industrial, doméstico e da mobilidade.
Paralelamente, será ainda realizado um reforço da central fotovoltaica existente na ETAR e com o objetivo de garantir as necessidades energéticas à produção de biometano, e a reformulação da Linha de Lamas com o objetivo de potenciar a produção do biogás e melhorar as características das Lamas, criando condições para as utilizar para fins agrícolas.
Para a AGERE, este é “ um passo crucial na promoção da transição energética e da economia circular em Braga e no país”.
