AEMinho sugere ao governo redução fiscal nos salários

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) considera que o governo avançou com um conjunto de medidas “aleatórias” e “demagógicas”, através da Agenda do trabalho digno e de valorização dos jovens no mercado de trabalho. Ouvido pela RUM, Ricardo Costa, presidente da AEMinho lembra que os empresários não estão contra o aumento dos salários, mas não podem ser os únicos a investir neste processo. “Defendemos uma valorização das pessoas, melhores salários, mas para isso tem de haver um trabalho conjunto. O que as empresas pagam aos trabalhadores, uma parte muito substancial vai para o Estado”, começa por referir o representante dos empresários da região. Ricardo Costa considera ainda que o programa lançado “não passa de um conjunto de medidas avulsas que não foram pensadas em conjunto com aqueles que são os criadores da riqueza e do emprego em Portugal”.

Num passado recente, o primeiro ministro António Costa sugeriu aos empresários que aumentassem em 20% os salários nos próximos quatro anos. Entretanto, o presidente da AEMinho recordou a proposta lançada pelos empresários da região minhota: “As empresas assumiam um aumento de 10% se o Estado reduzisse a carga fiscal nos mesmos 10% para que o rendimento líquido dos trabalhadores aumentasse nessa medida”, uma sugestão que, acrescenta, “até ao momento não se verifica”. O empresário diz que esta carga atual “retira competitividade” às empresas.

A lei laboral, dizem, “é muito restritiva e as amarras entre trabalhadores e empresas não são favoráveis para ninguém”. Além disso, a direção da Associação Empresarial do Minho considera que temas como a agenda do trabalho digno devem envolver forças políticas e associações de empresários, contrariamente ao que se verifica. “Os temas estruturais da nossa sociedade e da nossa economia devem merecer um consenso alargado para que exista uma estabilidade e uma previsibilidade dos empresários e dos investidores. O que temos é que temas que são estruturantes acabam por ir na onda dos partidos que estão no momento no poder”, lamenta.

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Elsa Moura
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Sara Pereira
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