AEB deixa reparos ao Novo Acordo de Concertação Social. Subida do salário mínimo preocupa

O presidente da Associação Empresarial de Braga (AEB) diz estar satisfeito com o Novo Acordo de Concertação Social, mas deixa recados ao Governo. Em entrevista à RUM, Daniel Vilaça espera que o Governo ceda em relação à fiscalidade para as empresas, assim como as Confederações fizeram em relação ao salário mínimo.
“Preocupa-nos muito esta subida do salário mínimo e esta aproximação aos salários médios, mas as confederações tiveram aqui muita responsabilidade. As metas são ambiciosas em termos de evolução do salário mínimo nacional e também dos salários médios até 2028. Vão fazer com que as empresas tenham que ser muito mais competitivas”, defende.
Recorde-se que o Governo reviu em alta a trajetória do salário mínimo nacional, prevendo aumentos de 50 euros anuais até 2028. Para o próximo ano, o salário mínimo irá subir para os 870 euros brutos. Quanto ao salário médio, o Governo também prevê aumentos graduais até aos 1.890 euros, em 2028.
Isenção de IRS e TSU para os prémios de produtividade “é muito importante”
O presidente da AEB mostra regozijo pelo facto de propostas como a isenção de IRS e TSU para os prémios de produtividade, desempenho e participação nos lucros, que a associação já há alguns anos vinha a reivindicar, esteja contemplada neste novo documento.
“Esta redução é muito importante para conseguirmos reter os jovens, convém criar condições para que eles se mantenham cá.
“As medidas que o Governo fixou estão um bocado mascaradas”.
Apesar de o Governo social-democrata demonstrar abertura em relação às propostas das Confederações, Daniel Vilaça alerta para o facto de algumas medidas são serem claras, ou seja, não terem sido colocados valores fixos.
“Não se sabe ao certo quais são as medidas que o Governo vai colocar em prática para estimular o crescimento económico. Nós ficámos aqui um bocadinho no ar”, conclui.
