“Acredito piamente, sem margem para dúvidas, que me vou apurar para os Jogos”

André Pinto mostra-se confiante na qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris na vertente individual de skiff pesado. Depois de falhar a primeira oportunidade, o remador minhoto tem mais duas para alcançar o passaporte para a competição que se realiza este ano.
Em setembro, no campeonato do mundo da Sérvia, ficou em 17º lugar, tendo-se apurado os nove primeiros. Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, o atleta do Viana Remadores do Lima diz que era “muito difícil” fazê-lo nessa regata inicial, cenário que pode ser diferente na próxima, marcada para 25 a 28 de abril na Hungria.
Sendo uma prova “apenas europeia”, acredita que a dificuldade será menor. “Dos que podem ir a essa regata e estiveram no mundial, eu sou o quinto. Apurando-se três, tenho de vencer, pelo menos, dois atletas”, traça o objetivo.
A última oportunidade, de âmbito mundial, na Suíça, em junho, carateriza-se por serem “muitos cães para o mesmo osso”, neste caso com duas ou três vagas no total. Seja numa prova ou noutra, André Pinto acredita “piamente” que vai alcançar o objetivo, assumido há dois anos, deixando de ser “apenas um sonho”. “Olho para isto de uma maneira muito positiva e é essa a mentalidade que nos é passada na seleção. Temos de acreditar no que estamos a fazer. Não vale a pena estar com meios termos”, vinca.
Ainda assim, caso falhe o apuramento, não considera uma situação “dramática” porque, tendo em conta os 22 anos de idade, nada o “impede de tentar novamente daqui a quatro, oito e/ou 12 anos”.
Ao perspetivar o futuro a médio prazo, considera que os Jogos Olímpicos 2028, em Los Angeles, podem surgir no ponto alto da carreira, não escondendo a ambição de “chegar a uma final e, quem sabe, ser campeão”. “Só o trabalho e a evolução dirão se isso passará a ser um objetivo concreto. Neste momento ainda não pode ser. Sei perfeitamente que não estou no nível de lutar sequer por uma medalha”, acrescenta.
