ACB sugere ao Governo que recupere o regime do lay-off simplificado

A Associação Comercial de Braga (ACB) considera necessário, “face ao aumento do número de novos casos de Covid-19 e há previsível retracção do consumo”, que o Governo recupere o regime de lay-off simplificado, uma vez que, segundo explicou à RUM, o director-geral, Rui Marques, “o mecanismo que susbtituiu o lay-off simplificado excluiu a grande maioria das empresas”. “Os números dos colaboradores que são alvo deste apoio baixou drasticamente e é importante que se criem estas válvulas de escape, que permitem às empresas ser sustentáveis e garantir os postos de trabalho”, acrescentou.
Esta foi apenas uma das medidas de apoio à actividade económica que a ACB partilhou com a Direcção da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, numa reunião que se realizou esta terça-feira.
Com a entrada do país em estado de contingência, a 15 de Setembro, o Governo apresentou novas regras. Entre elas, a proibição do consumo de bebidas alcoólicas nas esplanadas a partir das 20h00.
“Não nos parece adequado. Estamos a recomendar ao Governo que nos estabelecimentos que cumpram as normas de higiene e segurança e não exista qualquer parecer contrário da autoridade de saúde local e das forças de segurança se possa continuar a vender bebidas alcoólicas”, esclareceu Rui Marques.
O director-geral da ACB relembra que a medida vai gerar uma “diminuição do consumo”, algo que tem gerado “maior apreensão” por parte dos comerciantes bracarenses.
Rui Marques lembra ainda que a primeira fase do Programa Adaptar, inserido no programa de estabilização económica, “esgotou em poucos dias e abrangeu poucas empresas, devido à baixa dotação orçalmental”. A ACB considera, assim, “urgente” o lançamento da versão 2.0 do mesmo programa. “Para além dos investimentos previstos para alterações que permitam às empresas continuar a operar em contexto de pandemia, é necessário que se apoiem os investimentos para a digitalização do negócio”, apontou.
Para o responsável, “é crucial” que o programa tenha “maior abrangência e um envelope financeiro que permita que a maior parte das empresas candidatas possam ser apoiadas”.
A ACB diz ser ainda “necessário um alívio da carga fiscal para as micro e pequenas empresas portuguesas, porque 2021 será um ano muito mais difícil do que o que se previa”.
