ABC/UMinho mantém metade do plantel para a próxima época

Pelo menos dez jogadores vão continuar a envergar a camisola do ABC/UMinho na próxima temporada. Numa fase em que os atletas já regressaram aos treinos, depois de três meses de paragem, a equipa prepara o regresso à competição.
Neste momento, além do retorno de Cláudio Silva, proveniente do Boavista, estão confirmadas as permanências de Tiago Ferreira, Carlos Oliveira, André José, Rui Baptista, João Fernandes, Nuno Pando, Pedro Castro, Rafael Peixoto, André Rei e Erekle Arsenashvili. Apesar de ainda não ser oficial, Feliciano Couveiro também deverá continuar no plantel.
Em sentido inverso, Humberto Gomes (Póvoa Andebol), José Vieira (GC Santo Tirso), Francisco Silva (Vitória FC) e Rui Ferreira, ainda sem futuro definido, já anunciaram a saída do clube. Por sua vez, Hugo Rocha está a ponderar terminar a carreira. Em declarações à RUM, o técnico Jorge Rito explica que, neste momento, a preocupação passa por “colmatar as saídas com a contratação de alguns jogadores”.
“Alguns desses jogadores serão juniores, outros não. Estamos a fazer um trabalho de prospecção do mercado dentro das difíceis condições financeiras que o ABC tem”, refere, acrescentando que a equipa precisa de “mais um ou dois jogadores para a primeira linha, de mais um pivô e de mais um ponta direita/esquerda”.
“Interferir na luta pelo título é pensar demasiado alto”
Quando foi decretado o final do campeonato, o ABC/UMinho encontrava-se no sexto lugar. Assumindo que “os objectivos para a próxima época vão depender muito da equipa que for montada”, Jorge Rito refere que “lutar e defender a história do clube” terá de ser sempre uma prioridade.
“Gostávamos de ser mais ambiciosos, mas penso que na próxima época isso ainda não poderá acontecer. Refiro-me a ter uma equipa que possa interferir na luta pelo título. Penso que isso é pensar demasiado alto”, acrescenta.
Nas últimas épocas, o Campeonato Andebol 1 tem sido composto por uma fase regular e por um playoff, dividido por Grupo A (fase de subida) e Grupo B (fase de descida). No entanto, em 2020/2021, segundo o técnico do ABC/UMinho, “a ideia dos responsáveis da federação é realizar um campeonato único a dois voltas, sem fase final”.
Como não se verificaram descidas e vão subir duas equipas provenientes da segunda divisão, através da realização de uma liguilha com os primeiros classificados das três zonas, o número de equipas vai passar de 14 para 16.
Assim, os clubes jogam menos partidas – menos seis para as equipas do Grupo A e menos dez para as do Grupo B -, abrindo brechas no calendário para os trabalhos da selecção portuguesa, que vai disputar o Mundial em Janeiro e a qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio em Março.
