AAUM propõe cantinas com take-away e alojamento discutido com autarquias

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) lançou, esta quinta-feira, um comunicado onde apresenta uma série de sugestões, baseadas na auscultação dos estudantes, a propósito do próximo ano lectivo.
O cenário de incerteza, causado pela pandemia de Covid-19, ainda persiste. Por isso mesmo, os estudantes ainda aguardam indicações das autoridades de saúde e do Governo sobre os comportamentos a adoptar em Setembro.
Entretanto, movidos pela preocupação, apresentam algumas medidas, como por exemplo refeições por take-away, apoio à compra de material informático e revisão do valor da propina para estudantes internacionais.
O objectivo, diz o presidente da AAUM, Rui Oliveira, é “o regresso dos estudantes aos campi”.
O alojamento continua a ser uma das maiores preocupações dos estudantes e falta de camas poderá ser ainda mais notória, em Setembro. Segundo o presidente da estrutura, no próximo ano, a solução poderá passar por uma parceria com as “autarquias e agentes privados”. As zonas de alimentação, como as cantinas, são outra fonte de preocupação. Neste caso, a sugestão da AAUM passa pelo serviço de take-away, que possa ser utilizado pelos estudantes que moram nas imediações do campus.
O desejo de devolver vida aos campi é grande, mas, salienta Rui Oliveira, há uma preocupação acrescida com estudantes pertencentes a grupos de risco ou em mobilidade, a quem deve ser dedicado “acompanhamento personalizado por parte dos docentes, as aulas devem ser gravadas e disponibilizadas na plataforma Blackboard, assim como outros materiais essenciais ao estudo”. No documento fica ainda claro que “a calendarização e os métodos de avaliação devem ficar definidos desde o início do ano com os estudantes” e as “dissertações, projectos e estágios curriculares deverão regressar à normalidade”.
Segundo Rui Oliveira, “a UMinho deverá garantir a abertura do programa ERASMUS, favorecendo mobilidade in e out”. “A situação está estável e achamos que esta continua a ser uma das experiências vantajosas para o ensino superior”, acrescentou. Para os alunos fora da União Europeia, “pela situação que os estudantes possam encontrar no seu país”, o presidente da AAUM afirma que pode ser “necessária uma linha de apoio especializada”, assim como “a revisão do valor das propinas de estudantes internacionais”, dada a estratégia da academia ao nível da internacionalização.
Recepção aos novos alunos: matrículas online, acolhimento presencial
A chegada dos novos alunos também preocupa a Associação Académica. Por isso mesmo, apesar das circunstâncias e mediante regras sanitárias, defendem a maior presença em espaço exterior dos campi destes estudantes. “Podemos encontrar actividades de âmbito pedagógico, que possam ser interessantes, sem estarem dentro da sala de aula”, explicou o líder estudantil.
Rui Oliveira defende ainda a revisão do Regulamento de Atribuição de Bolsas a Estudantes do Ensino Superior. “A tutela deve ajudar na aquisição de material informático e a suportar os custos de acesos à internet, bem como deve ajudar com um complemento de transporte para estudantes que não vivam na cidade onde estudam”, detalhou. No entender da Associação Académica, também o regime de entrega dos comprovativos na candidatura a bolsas de estudo deve ser alterado. “Não podemos deixar que existam pessoas a abandonar o Ensino Superior por carência económica”, disse o estudante.
Material de higienização gratuito para os alunos, reforço das linhas de emergência para apoio financeiro e apoios direccionados a estudantes estrangeiros estão ainda entre as medidas propostas.
Conheça o documento na íntegra aqui.
