AAUMinho “solidária” com colegas da Faculdade de Direito de Lisboa

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) está solidária com os estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Esta quinta-feira, pelas 18h00, o Movimento Contra o Assédio no Meio Académico de Lisboa vai manifestar-se em frente à reitoria da academia. Recorde-se que em 11 dias deram entrada 50 queixas de assédio moral e sexual, o que equivale a 10% dos professores da escola.
Apesar da AAUMinho não marcar presença na iniciativa, o presidente da estrutura estudantil declara estar solidário com os estudantes da Faculdade de Direito e parabeniza a coragem demonstrada para realizar o levantamento sobre esta problemática.
Em declarações à RUM, Duarte Lopes frisa a importancia de “criar e/ou melhorar os mecanismos de defesa e queixa”. “Parece-me ser daqueles problemas que conforme começamos a levantar o véu iremos encontrar mais casos. Estes registos vindos de Lisboa levantam muitas preocupações”, afirma.
A 2 de dezembro de 2021, centenas de estudantes da UMinho também saíram à rua para exigir mais segurança nos campi. Um funcionário dos Serviços de Ação Social foi mesmo indiciado por crimes de assédio, sendo que o processo foi entretanto arquivado por falta de provas.
O representante estudantil considera que este género de ações servem sobretudo para dar a conhecer o problema que é real nas academias portuguesas. “Normalmente Portugal não tem esta discussão. Espero que desta exposição resultem posições sérias das lideranças. Quero acreditar que a vasta maioria (das lideranças) são compostas por pessoas de boa fé. Com o problema identificado é exigível que se apliquem medidas concretas e sérias”, defende.
Duarte Lopes acredita que a coragem dos estudantes lisboetas pode vir a ter repercussão na UMinho, nomedamente, com um aumento do número de queixas.
