AAUMinho reclama lugar em comissão de acompanhamento de construção de residências

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) defende a criação de uma comissão de acompanhamento da construção das novas residências de Braga e Guimarães. A sugestão foi lançada pelo presidente da estrutura, Luís Guedes, esta segunda-feira, no discurso a propósito do 51º aniversário da UMinho e perante os mais altos representantes da instituição e da pasta da Educação, Ciência e Inovação.

Com a residência universitária da antiga Escola de Santa Luzia, em Guimarães, praticamente a entrar em obras e com a residência universitária da Fábrica Confiança já em construção, o dirigente da AAUMinho sustenta que os estudantes têm uma palavra a dizer e o direito a acompanhar de forma próxima o que vai acontecer ao longo dos próximos meses nestes equipamentos que servirão, precisamente, os estudantes. “Queremos propor a criação e ser ativos numa comissão de acompanhamento da construção das residências universitárias. (…) Os estudantes, os maiores interessados com o surgimentos destas infraestruturas têm que se manter próximos do processo, precisamos de conhecer os avanços e retrocessos para relembrar a urgência com que os estudantes da Universidade do Minho precisam de uma melhor resposta para a problemática do alojamento”, reiterou.

No que respeita a residências universitárias públicas, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, confidenciou que passou este fim-de-semana pela Fábrica Confiança para verificar a evolução dos trabalhos. Disse também que este processo de criação de novas camas não pode parar com o fim do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sugerindo um novo olhar para estes equipamentos. Fernando Alexandre afirma que as residências “são essenciais para a integração e para o sucesso académico dos estudantes”, além disso “têm que ser muito mais do que instrumentos de ação social”.


Admitindo que “durante décadas não se pensou nas residências”, alertou que hoje 130 mil alunos são deslocados [25% da comunidade é deslocada] “e os alunos deslocados têm mais dificuldades de integração e piores resultados em termos académicos”.

No seu discurso improvisado no âmbito do 51º aniversário da Universidade do Minho, onde é professor e investigador, Fernando Alexandre, sustentou que as residências universitárias são mais que uma resposta social. Por isso, considera “muito importante que se comece a pensar as residências no médio e longo prazo, não apenas como um instrumento de ação social, mas como instrumentos de integração e de parte de uma estratégia para o sucesso académico”. O governante pediu “que as residências não parem com o PRR” e que se definam projetos “para expandir o número de quartos que ainda assim continua a ser um valor muito baixo”.

Recorde-se que no que respeita às duas novas residências universitárias da UMinho, a de Santa Luzia, em Guimarães, é da responsabilidade da instituição de ensino superior e está em processo de preparação da intervenção. No caso da Residência Universitária da Fábrica Confiança, os trabalhos de demolição já arrancaram no edifício, assim como no logradouro onde será erguido um novo edifício e onde ficarão localizados os quartos e outros serviços de apoio à residência.

Reitor da UMinho responde de forma afirmativa ao repto lançado pela AAUMinho


O reitor da Universidade do Minho garante que os estudantes vão ser chamados a acompanhar projetos da instituição, nomeadamente no que respeita à construção das residências universitárias em Braga e Guimarães.

Aos microfones da RUM, Rui Vieira de Castro valoriza a solicitação de Luís Guedes evidenciando que “tem toda a razão quando reivindica uma presença mais forte dos estudantes no acompanhamento de certos projetos e de certos processos que vão, sobretudo, afetar os estudantes, como é o caso das residências universitárias”. “Espero que esta ideia que ele lançou se venha efetivamente a concretizar”, disse.

O reitor foi mais longe, reconhecendo “o que são os espaços e as oportunidades de participação dos estudantes nem sempre são apropriados em toda a dimensão que deviam ser”. Por isso, realça que a UMinho “necessita do envolvimento muito ativo dos estudantes em tudo o que é a gestão de projetos de ensino”, assim como uma “participação ativa, comprometida, empenhada nos vários órgãos de consulta ou de governo em que os estudantes estão”. Assumindo que em muitos destes lugares, a UMinho “tem estudantes com grande qualidade” admitre que “essa é uma condição para valorizar formalmente a própria participação dos estudantes”.


Notícia atualizada às 10h43 de 18 de fevereiro

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Elsa Moura
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