Lista A quer fim das propinas “de forma gradual”; Lista M defende abolição “imediata”
O pagamento das propinas foi um dos temas em destaque no debate de ideias entre as candidatas à direção da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho). A iniciativa organizada pela RUM e pela Comissão Eleitoral decorreu, esta quarta-feira, no Campus de Gualtar.
Ambas querem o fim das propinas, mas com uma diferença: Margarida Isaías defende que esse objetivo seja conseguido de forma “progressiva”, enquanto Inês Castro aponta para a abolição “imediata”. Sobre o modo como a universidade poderia combater a falta dessa receita, a candidata da Lista M coloca o ónus no Governo. “O Estado não se pode desresponsabilizar, não pode continuar a pôr este peso nos estudantes e nas famílias”.
Já a candidata da Lista A e atual presidente-adjunta interna da AAUMinho considera que o eventual fim das propinas “não deve implicar que o financiamento por parte do Estado à universidade seja diferente”. Noutro âmbito, Margarida Isaías é a favor da regulação das propinas no mestrado e doutoramento, alertando para o risco de as instituições continuarem a aumentar o valor nestes ciclos de estudo como método alternativo de financiamento.
Inês Castro lembrou ainda que “a propina não é o único custo que os estudantes têm”, apontando os gastos com “o alojamento, passes ou alimentação”. “A bolsa é necessária para isso e o aumento galopante dos preços é mais um indicador para a necessidade desse apoio social”, afirmou.
Do lado da lista A, Margarida Isaías admite que “há necessidade de trabalhar mais”, sem esquecer “as mudanças que têm vindo a ser feitas, especialmente pelas reivindicações que as direções e o moivmento estudantil têm vindo a fazer junto do Governo”. A esse respeito, a candidata lembrou “o aumento do patamar para a bolsa que passou de 18 para 19 vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) ou a uniformização dos valores das residências entre ciclos estudos, para estudantes não bolseiros de 1.º e 2.º ciclo”.
