AAUMinho garante dois dos quatro milhões necessários para construir nova sede

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) já amealhou mais de dois milhões de euros para o projeto da nova sede no campus de Gualtar. O valor foi partilhado pelo presidente da estrutura juvenil, Luís Guedes, na sessão do 48.º aniversário da AAUMinho.
O desejo é antigo e a ambição é abrir a porta do novo edifício em 2027, mesmo a tempo do cinquentenário da Associação Académica. Ainda assim, faltam ainda mais de dois milhões para concretizar o projeto. Luís Guedes promete dialogar de forma “mais profunda” com os novos protagonistas do território, nomeadamente o presidente da Câmara de Braga, João Rodrigues, no sentido de haver “um compromisso” na ajuda à concretização da nova sede. O representante dos estudantes apelou ainda às doações, através do site da AAUMinho.
O reitor da UMinho, Pedro Arezes, garante que a instituição “está fortemente comprometida” no avanço da sede, mas não a nível financeiro. “A Universidade não pode participar nesse domínio, mas pode em várias outras dimensões, nomeadamente na desafetação do terreno para que a própria Associação possa construir e, sobretudo, ser parceiro da Associação para junto da sociedade conseguir os fundos necessários para a concretização deste sonho”, referiu o reitor.
Bernardo Cunha homenageado e eternizado com chatbot
Bernardo Cunha era o funcionário mais antigo da AAUMinho, acompanhou 46 dos 48 anos de história da estrutura juvenil. Cruzou-se com muitas gerações de dirigentes que, esta sexta-feira, se associaram à homenagem que a Associação Académia lhe quis prestar, depois do seu falecimento, no verão passado.
Música, um vídeo com testemunhos, um livro de dedicatórias e um chatbot. Foi desta forma que a atual direção lembrou Bernardo Cunha. “Foi o seu primeiro e único emprego e ele, para nós, foi e será sempre o nosso único Bernardo”, disse Luís Guedes, enaltecendo “o seu exemplo de força e de perseverança”.
Agora, a AAUMinho terá “um chatbot de assistência aos estudantes”, de homenagem a Bernardo, de resto o nome que deram a este “assistente digital da Associação Académica”.
“Tem uma imagem sua também, para o relembrarmos para sempre, e será até trabalhado de forma a dar alguma daquela que era a personalidade do Bernardo”, acrescentou o presidente da AAUMinho, considerando que esta é uma forma das gerações vindouras conheceram Bernardo Cunha.
Luís Guedes lembrou aquele que, “ao longo de décadas, deu tudo de si em prol dos estudantes e da academia” e a Associação Académica quer continuar, através deste assistente digital, a informar os estudantes sobre “os serviços, atividades e entidades parceiras”.
“A Universidade precisa da Associação Académica”
Durante o seu discurso, Luís Guedes apontou “a cobrança pela utilização de espaços, para realização de atividades, dentro da Universidade”, como uma das dificuldades mais evidenciadas pelos núcleos de estudantes. “Ter em vigor uma medida que subentende que as atividades das suas estruturas estudantis são um encargo para a Instituição é algo assustador e incompreensível”, atirou. O presidente da Associação Académica lembrou que esta preocupação já foi partilhada com Pedro Arezes, deixando o desafio de “regressar a tempos mais dignos da participação estudantil”.
O reitor da UMinho, Pedro Arezes, desafiou a estabelecer uma “colaboração próxima da Universidade”. “A Universidade precisa da Associação Académica e a vida académica, como um todo, está dependente também que a Associação seja viva, dinâmica, construtiva e se reinvente”, referiu Pedro Arezes, dando nota de que “é essa jovialidade que muito beneficia a Universidade”.
