AAUMinho diz que 600 euros de apoio para início de vida profissional não chegam

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) diz que apesar de considerar “positivo” que por cada ano de trabalho em Portugal o Governo devolva aos estudantes as propinas pagas no ensino público, as medidas anunciadas esta quarta-feira por António Costa ficam muito aquém das despesas que as famílias têm com o ingresso dos seus filhos no Ensino Superior.
Na emissão especial da RUM realizada esta tarde a partir do campus de Azurém, em Guimarães, Margarida Isaías, presidente da AAUMinho referiu que a medida pode ajudar a “fixar jovens recém-graduados em Portugal” e é “um apoio ao início de vida dos jovens”, mas lembra que “não é o fim da propina”. “É importante perceber que são 60 euros por mês para um jovem em início de vida profissional, e é importante perceber que os custos no ensino superior vão muito mais para além da propina”, refere. Alojamento, transporte, alimentação e materiais necessários são outras despesas que pesam no orçamento das famílias com estudantes universitários e que “vão muito para lá da propina e é importante também haver apoios nesse sentido”, acrescenta.
Comentando que à AAUMinho estão todos os dias a chegar “muitas queixas” relativamente aos preços praticados nas cidades de Braga e de Guimarães, a representante máxima dos alunos da academia minhota insistiu na necessidade de reforçar o número de camas nas residências universitárias.
António Costa anunciou ainda que os jovens terão total isenção de IRS no primeiro ano de trabalho, só pagarão 25% do que deveriam pagar no segundo ano, metade no terceiro e quarto e 75% no quinto ano e, entre outras medidas, que haverá passes gratuitos para quem tem até 23 anos.
