AAUMinho denuncia “aumento de rendas a estudantes a meio do ano”

A Associação Académica da Universidade do Minho está preocupada com os problemas do alojamento no ensino superior e denuncia casos em que as rendas cobradas a estudantes são aumentadas a meio do ano letivo.

Segundo os Serviços de Ação Social, as quatro residências universitárias têm capacidade para acolher 1399 alunos, 845 em Braga e 554 em Guimarães.

Dos mais de 20 mil alunos da Universidade do Minho, 5701 são bolseiros, mas as quatro residências apenas têm capacidade para acolher 1399 estudantes, 845 em Braga e 554 em Guimarães. A taxa de ocupação está muito perto dos 100%, mas não é suficiente para dar resposta a todos os estudantes deslocados.

No alojamento privado, os preços não param de subir, com um quarto a custar entre 300 e 350 euros e a vaga numa residência privada, como é o caso da Andy Living Student que abre esta sexta-feira, em Braga, varia entre os 450 e os 620 euros.

A AAUMinho denuncia a inexistência de contratos de arrendamento, que colocam os estudantes numa situação de constante preocupação. “São muitos os casos de estudantes que de um ano para o outro veem o valor da renda aumentar de um ano para o outro e até mesmo durante o próprio ano letivo”, revela Margarida Isaías, dando nota da ameaça de despejo, caso os jovens não aceitem as novas condições.

Os problemas infraestruturais das atuais residências universitárias é há muito conhecido e tem afastado alguns estudantes. “Por exemplo, não existe espaço para preparar refeições em algumas residências e nas que existe é muito pequeno, não dá para todos os estudantes”.

As novas residências universitárias, anunciadas para Braga e Guimarães, continuam sem sair do papel, ainda que os prazos obriguem à sua conclusão até 2026, para que possam beneficiar do apoio do Plano de Recuperação e Resiliência.

A presidente da AAUMinho considera que criar um Porta 65 para estudantes universitários e incluir o mesmo no pacote Mais Habitação, seria uma ajuda.Recorde-se que este programa procura garantir o acesso dos jovens a uma habitação com rendas compatíveis com os seus rendimentos.

“Existem muitos critérios que favorecem os jovens que trabalham e não os universitários. Se, de facto, este programa fosse mais aberto a estudantes universitários iria ‘entupir’ o apoio e, por isso, faria sentido haver um programa e financiamento específico para estudantes universitários”, explicou.  

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Liliana Oliveira
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