AAUMinho defende suspensão imediata das aulas teóricas presenciais

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) defende a suspensão imediata das aulas teóricas presenciais face à evolução da pandemia.

O governo continua a defender as escolas e universidades abertas, mas em entrevista à RUM ontem à noite, o presidente da AAUM, Rui Oliveira, assumiu que apesar de a Universidade do Minho (UMinho) não estar a ser muito afetada pela pandemia (pouco mais de 400 casos em toda a comunidade académica desde o início da pandemia), o melhor será mesmo suspender o ensino teórico presencial. No entanto, avisa: a grande preocupação dos estudantes neste momento prende-se com a avaliação presencial, que não pode ser suspensa.

O estudante sublinha que a UMinho “tem controlado bastante bem a propagação do vírus”, assim como muitas das universidades portuguesas, mas admite que apesar disso, os dados apontam para a prevalência da covid-19 nos jovens em idade escolar. Por isso, a AAUMinho adianta que “a fechar” concorda com a suspensão do ensino teórico presencial, mas a avaliação e as atividades práticas “não podem ser interrompidas”. Rui Oliveira assume, no entanto, que os estudantes “vão aceitar o que o governo decidir” nesta fase crítica.

A AAUMinho apresenta ainda um conjunto de sugestões que podem ajudar os estudantes universitários em avaliações nesta altura: o aumento dos espaços de estudo nas universidades e salas de avaliação devidamente identificadas para os estudantes saberem para onde se devem deslocar.

As académicas voltam ainda a acusar o governo de não as ouvir. Apesar das sugestões e da vontade de colaborar, Rui Oliveira critica o ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que “não ouviu as académicas”. Uma prática que “não é nova”. “Não fomos chamados para dar opinião sobre o que devia acontecer ou não nas universidades”, criticou.