AAUMinho com saldo negativo de 80 mil euros até setembro
A Associação Académica da Universidade do Minho conta com um resultado financeiro negativo na ordem dos 80 mil euros, até setembro. O relatório de contas intercalar foi apresentado, esta quarta-feira, em Reunião Geral de Alunos (RGA). Para esse resultado, contribuiu o Enterro da Gata, que acumulou um prejuízo na ordem dos 40 mil euros, com uma receita de 908 mil euros e uma despesa de 947 mil euros.
Em entrevista à RUM, a presidente da Associação Académica, Margarida Isaías, evidencia “a fraca adesão” às monumentais festas, este ano, resultado das condições meteorológicas que se fizeram sentir, mas não só. No entender da estudante, a comparação com o pós-pandemia, altura em que as contas atingiram resultados históricos, não pode ser feita, até porque hoje vivemos uma situação económico-financeira diferente. Os estudantes deparam-se hoje com “um aumento do custo de vida, das dificuldades ao nível do alojamento, de deslocação, de alimentação, de materiais”.
Apesar do aumento da receita de parceiros e apoios institucionais, o desequilíbrio das contas é também resultado do “aumento de preços” generalizado. “Os transportes são um peso muito grande, cada vez maior, nas contas, os gastos com polícia, bombeiros e médicos tem aumentado ao longo dos anos, fruto da legislação que obriga a ter mais profissionais”, adiantou a líder estudantil, apontando a um aumento dez vezes superior.
Estes números, disse ainda, merecem “uma reflexão” por parte da direção para perceber “o que é que num próximo ano pode ser feito para mitigar isto”. Margarida Isaías considera que a dispensa de aulas na semana do Enterro da Gata em 2025 pode verificar-se um aspeto positivo em termos de adesão.
Questionada sobre a possibilidade de mudar a localização do evento no próximo ano para reduzir custos, a presidente da AAUMinho aponta para a análise que a próxima direção fará no momento de organizar o Enterro da Gata do próximo ano.
A Associação Académica apresenta “um resultado final negativo, em cerca de 80 mil euros, que demonstra também um esforço para reduzir aqueles que foram os valores negativos de 2023, de 180 mil euros”. “A situação financeira em geral é negativa. Temos todo um conjunto de dívidas que ao longo destes últimos anos temos vindo a reduzir, sem comprometer aquela que é a nossa atividade para os estudantes”, finalizou.
