AAUMinho aprova moção contra degradação das residências e aumento de preços

As áreas são abrangentes – financiamento, alojamento e alimentação -, mas os problemas identificados apontam para situações específicas. Em sede de Reunião Geral de Alunos, esta segunda-feira, os estudantes da Universidade do Minho aprovaram, por unanimidade, uma moção relacionada com essas temáticas, que será enviada ao reitor, Rui Vieira de Castro, à administradora dos Serviços de Ação Social, Alexandra Seixas, e à ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.


No documento redigido pela presidente da AAUMinho é apontado um conjunto de falhas nas atuais residências, como o encerramento dos serviços de cozinha do refeitório da Santa Tecla, bem como a redução do horário de almoço para metade. 

Juntam-se ainda críticas às “infiltrações de humidade acentuadas nos três blocos de Azurém”, a falta de equipamentos e de manutenção dos existentes, como elevadores, a necessidade de funcionários e quadros técnicos e operacionais – “há blocos com apenas um funcionário e serviços de atendimento constrangidos” – e a escassez de apoio a alunos com necessidades específicas e estudantes internacionais. “Muitas vezes habitam permanentemente na residência e são forçados a sair dos quartos nos meses de verão”, alerta a moção.


A somar a esse aspeto, critica Margarida Isaías, existe “um atraso” na construção das novas residências, a Fábrica Confiança e a antiga Escola de Santa Luzia, ambas integradas no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES). Estão previstas mais 700 e 200 camas, respetivamente, a juntar às 1.400 que existem neste momento.

Noutro ponto e tendo em conta “o contexto socioeconómico que o país atravessa”, a AAUMinho considera que os estudantes estão a sofrer “uma pressão adicional” ao nível dos custos. Nesse sentido, defende a redução dos preços dos alojamentos universitários dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho – o quarto individual para estudantes não bolseiros passou de 150€ para 162€ -, das senhas da cantina – uma refeição aumentou de 2,50€ para 2,80€ e foi suprimida a venda em pack -, assim como a diminuição dos preços dos serviços desportivos.

Para agilizar o cumprimento destas propostas, Margarida Isaías sugere ao Governo o aumento da verba destinada pelo Governo aos SASUM, tendo em conta que deve haver “uma separação do financiamento das instituições de Ensino Superior e da Ação Social”. “Deve existir liberdade e autonomia entre ambos, garantindo sempre que a ação social está salvaguardada e, com ela, a universalidade de acesso ao Ensino Superior”, atesta.



Estudantes da UMinho aprovam outra moção e chumbam três


O texto apresentado por Margarida Isaías surgiu depois de o aluno Gonçalo Silva ter levado à RGA um documento em que eram exploradas algumas destas questões. No entanto, foi reprovado, com 14 votos a favor, duas abstenções e 22 contra.

Uma das pessoas que votou negativamente foi a presidente da AAUMinho, que, apesar de concordar com o conteúdo, é da opinião que “faltava acrescentar mais informações e outras problemáticas”. Daí ter avançado com uma moção alternativa, que prevê ainda uma mobilização dos estudantes, em moldes e numa data a serem designados.

Outro dos documentos que não viu luz verde – 10 a favor, uma abstenção e 21 contra – foi o apresentado por Cláudia Matos, em que propôs a criação de um passe intermodal gratuito para os alunos. Margarida Isaías votou contra por considerar que “a moção não estava completa”, já que apenas mencionava a gratuitidade dos transportes e não “a garantia de que os serviços são suficientes e que vão ao encontro das necessidades, nomeadamente ao nível do horário e do tempo de duração da viagem”, algo que também defende.


Já a moção de Gabriel Castro sobre a saúde mental e os direitos LGBT+, rejeitada com 10 a favor, cinco abstenções e 20 contra, como refere a presidente da direção, partia de “um princípio que a AAUMinho não tem feito trabalho nesta área, a não ser a colocação de cartazes”, o que, no seu entender, “não é verdade”. Exemplifica com a realização de iniciativas sobre essas temáticas, dando o exemplo da participação ativa da estrutura no Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior.

Em sentido contrário, o texto que aponta a uma maior divulgação das RGA’s, de Ana Sousa, foi aprovado, com 16 votos a favor e 20 abstenções. Apesar de considerar “importante” haver promoção, Margarida Isaías absteve-se por achar que esse “trabalho tem vindo a ser feito”.

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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