AAUMinho registou défice de 94 mil euros em 2024

A direção da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) apresentou um défice de 94 mil euros, relativamente ao ano de 2024. Apesar disso, a ex-dirigente, Margarida Isaías, salienta a “melhoria da situação financeira” da AAUMinho, durante os dois mandatos em que assumiu a presidência. O relatório final de atividades e contas, referente ao último mandato, foi aprovado por maioria, com 36 votos a favor e duas abstenções, na Reunião Geral de Alunos (RGA), que decorreu esta quarta-feira, em Guimarães.
À RUM, Margarida Isaías, que deixou o cargo em janeiro de 2025, sublinha que as metas estabelecidas relativamente ao último mandato foram atingidas, com “coisas que ficaram por fazer, como é natural”. Um dos objetivos alcançados era “trabalhar a representação estudantil”, o que levou ao regresso da AAUMinho ao Encontro Nacional de Associações Associativas (ENDA), em 2024. “Conseguir aproximar-nos dos estudantes, foi também um dos nossos lemas”, acrescenta.
Entre as razões que justificam o défice orçamental, Margarida Isaías aponta a falta de apoios financeiros por parte da Universidade do Minho (UMinho), que viria do Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM), na ordem dos 67 mil euros. As intempéries que marcaram o ‘Enterro da Gata’ e a ‘Gata na Praia’, no ano passado, também contribuíram para o saldo negativo e não geraram o “lucro antecipado” pela direção. Entre os motivos, aponta ainda o aumento nos custos de alimentação, da contratação dos artistas e dos transportes, “que é um grande peso”, mas que não é repassado para os valores pagos pelos estudantes que adquirem os ingressos.
Por outro lado, a antiga dirigente sublinha que foi possível reduzir as dívidas com os fornecedores em cerca de 15 mil euros. “A nível financeiro foi mesmo muito difícil, mas acho que no final do dia conseguimos um bom resultado”, afirma.
Apesar de ter recomendado a aprovação do relatório, o presidente do Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ), José Vilaverde ressaltou que o documento estava “mais pobre” e com menos explicações que no relatório apresentado no ano anterior.
Caso sejam somados os resultados obtidos pelas seções autónomas, a AAUMinho passa de um prejuízo de 94,170 mil euros para um resultado positivo de cerca de 120 mil euros.
