“A Capital Portuguesa da Cultura Braga 2025 não vai deixar um legado à cidade”

Os vereadores do Partido Socialista (PS) em Braga consideram que o título de Capital Portuguesa da Cultura Braga 2025 não vai deixar qualquer legado para o futuro. A convicção foi manifestada esta terça-feira por Artur Feio, depois de uma reunião do grupo de vereadores socialistas, no gnration, com a administração da empresa municipal Faz Cultura.

Sem avanços no S. Geraldo, o novo edifício cultural que a coligação Juntos por Braga perspetiva para a cidade, Artur Feio manifesta pouca confiança no impacto que a cidade possa sentir depois deste período de relevo na atividade cultural de Braga. A começar, o socialista considera que o investimento do município “é muito curto” com “um esforço adicional de praticamente 13,5ME de 2023 a 2025”. “Achamos naturalmente muito pouco e o que era pretendido neste processo era que se lançassem âncoras para futuro, nomeadamente a deixar à cidade um legado deste processo, como aconteceu com a Noite Branca que foi um legado que se deixou à cidade com a Capital Europeia da Juventude” em 2012, atira.

Os vereadores do Partido Socialista criticam o facto de o executivo liderado por Ricardo Rio não ter sido capaz de concretizar o projeto do S. Geraldo a tempo da Capital Portuguesa da Cultura apesar de o edifício estar arrendado pela autarquia à Arquidiocese de Braga desde o ano de 2016. “O São Geraldo não vai ser uma realidade, foi apresentado como sendo a sede do futuro Media Arts e era peça fundamental para todo este processo cultural”, recorda, sublinhando que “hoje é claro que nunca será envolvido na estratégia de 2025”, mais uma razão para deixar o PS “extremamente preocupado”. Além disso, Artur Feio diz que depois deste encontro de trabalho se percebeu que a administração da Faz Cultura “apenas tem tido um papel de intervenção enquanto técnicos de suporte” e que “é claro para toda a gente a inexistência de um projeto final e de algo que possa ser lançado a concurso e que pudesse ser ainda em 2025 um edifício colocado à disponibilidade dos bracarenses e da cidade, sobretudo volvidos mais de 1Milhão de Euros gastos em renda”, denuncia também.

O socialista Artur Feio considera que o envolvimento devia ser maior do que aquele que se perspetiva com o programa lançado para 2025. Admitindo que uma capitão nacional “não tem uma dimensão natural semelhante a uma capital europeia”, refere que os eventos a realizar na cidade “muitos deles concentrados”, o programa “não resultará no que se pretendia que era um envolvimento muito mais coletivo, com muito mais presença no terreno e com muito mais envolvimento dos bracarenses”.

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Elsa Moura
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