Incêndio na Fábrica Confiança: o que se sabe sobre os prejuízos na nova residência da UMinho
O fogo deflagrou este sábado na cave do edifício que está a ser transformado em residência universitária. A construtora responsável pela empreitada garante que o incidente ficou circunscrito a 50 metros quadrados. A Reitoria da Universidade do Minho ainda não dispõe de dados concretos sobre a extensão dos prejuízos.
Um incêndio atingiu, na tarde deste sábado, as obras da futura residência universitária de Braga, instalada no edifício da antiga Fábrica Confiança. O alerta foi dado às 13h18 e, apesar do aparato e da densa coluna de fumo visível em várias zonas da cidade, não houve registo de feridos.
Sobre o incidente, o Grupo Casais, responsável pela empreitada, emitiu uma nota oficial onde explica o sucedido:
“O Grupo Casais confirma a ocorrência de um incêndio na cave -1 do edifício da Residência Confiança, atualmente em fase de construção, em Braga. O incidente ficou circunscrito a uma área de armazenamento com cerca de 50 metros quadrados, onde se encontravam diversos materiais, o que originou uma rápida combustão e a libertação de fumos. A situação foi prontamente comunicada aos Bombeiros, que intervieram de imediato, tendo o incêndio sido rapidamente dominado. Registaram-se apenas danos materiais, sem qualquer impacto em pessoas.”
A construtora esclarece ainda que a libertação visível de fumo, que causou aparato na cidade, resultou da “proximidade do espaço afetado a uma estrutura em betão que preserva a memória das antigas chaminés da Fábrica Confiança, o que tornou o episódio mais percetível no exterior”.
O fogo atingiu uma área de armazenamento de cerca de 50 metros quadrados, onde se encontravam materiais diversos, o que originou uma combustão rápida.
Segundo a construtora, a visibilidade do fumo no exterior deveu-se à proximidade do local do incêndio às estruturas de betão que preservam as antigas chaminés da fábrica, que acabaram por servir de conduta para a libertação dos fumos.
Bombeiros apontam “danos materiais avultados”
O combate às chamas mobilizou 36 operacionais e 11 veículos das corporações de Sapadores de Braga, Voluntários de Braga e de Amares. Nuno Osório, comandante do Batalhão de Sapadores Bombeiros de Braga, explicou ao JN que o cenário encontrado à chegada era complexo.
“O incêndio estava num estado muito avançado quando chegámos. Os meios numa fase inicial não eram suficientes e foram pedidos mais meios“, revelou o comandante.
Apesar de o fogo ter sido dominado por volta das 15h00 e de ter ficado confinado à zona de origem, o balanço material é pesado. “Há danos materiais avultados, porque era uma zona de armazém dos materiais para terminar a obra, nomeadamente sanitários, madeiras, muitos plásticos e material elétrico”, detalhou Nuno Osório.
Reitoria da UMinho aguarda dados oficiais
A RUM tentou obter esclarecimentos junto da Reitoria da Universidade do Minho sobre o impacto deste incidente no cronograma da obra e a extensão dos prejuízos. No entanto, a instituição optou por não prestar declarações para já, alegando que ainda não dispõe de informações oficiais consolidadas sobre o sinistro.
O Grupo Casais informou que será elaborado um relatório técnico detalhado assim que toda a informação relevante esteja reunida. As causas do incêndio estão agora a ser investigadas por inspetores e peritos da Polícia Judiciária, que estiveram no local durante a tarde de sábado.
A futura Residência Confiança é uma infraestrutura estratégica para o alojamento estudantil em Braga, com a conclusão das obras a ser aguardada com expectativa pela comunidade académica.
