Theatro Circo recebe “constelação” para celebrar a música tradiconal portuguesa

O Theatro Circo acolhe esta sexta-feira, pelas 21h30, o espetáculo ‘Seara – A Música Portuguesa em Evolução’, que reúne nomes incontornáveis da música tradicional portuguesa. O concerto na Sala Principal assinala o momento final do programa ‘Clube Raiz’, que surge da programação da Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura.
Em palco Amélia Muge, Daniel Pereira Cristo, Júlio Pereira, Manuel de Oliveira e Rão Kyao, acompanhados por Miguel Veras e Quiné Teles. Ilídio Marques, curador do Clube Raiz, descreve este encontro como uma “verdadeira constelação” que une “músicos que de alguma forma já se cruzaram”.
Acrescenta que o objetivo é refletir “um bocadinho o passado da música tradicional, mas também deixasse uma espécie de um desejo, um estímulo, para o futuro daquilo que será a evolução da música tradicional”. O repertório, revela, cruza “dois ou três temas” de cada um dos músicos com arranjos feitos exclusivamente para este concerto.


A inspiração surge das formações que atuavam no pós-25 de Abril, que reuniam José Mário Branco com Fausto Bordalo Dias, com o Zeca Afonso, e “um conjunto de nomes que são figuras de relevo da música tradicional portuguesa”. O ‘Clube Raiz’ recebeu ao longo de 2025, nomes como as Mulheres do Minho com o Conservatório de Música Carlos Gulbenkian, Ana Lua Caiano e o dua Bandua, que trazem a inspiração na música raiz, acrescenta, além de dois projetos comunitários, o grupo ‘Outra Voz’, de Guimarães, e a Orquestra de Dispositivos Eletrónicos.
Este, lamenta, é o fim do projeto, mas acredita que “seja início de muita coisa que aconteça nos próximos anos”. “Tentamos plantar, digamos, uma sementinha e esperamos que nos próximos anos, estas sementes deem alguns frutos”, refere.
