Praça do Município. Comentadores apontam Expectativas e Desafios do Mandato do novo Reitor da UMinho

A tomada de posse de Pedro Arezes como novo reitor da Universidade do Minho dominou a análise do programa Praça do Município, espaço de debate político na RUM. O painel de comentadores é unânime: o momento é de mudança e há uma forte expectativa sobre os próximos quatro anos. Para Carlos Neves, a nova equipa […]

A tomada de posse de Pedro Arezes como novo reitor da Universidade do Minho dominou a análise do programa Praça do Município, espaço de debate político na RUM. O painel de comentadores é unânime: o momento é de mudança e há uma forte expectativa sobre os próximos quatro anos.

Para Carlos Neves, a nova equipa liderada por Pedro Arezes traz como grande objetivo a modernização dos processos internos, focando-se numa palavra-chave: impacto, “não só na grande estrutura da universidade, mas sobretudo na sociedade”. “A Universidade do Minho precisa de uma nova dinâmica ao nível da autonomia, simplificação, transparência e uma governação bastante mais ágil, mais desburocratizada”, acrescentou. Carlos Neves lembra ainda a necessidade de a UMinho olhar para as suas infraestruturas, que precisam de ser “renovadas”. “Os processos de mobilidade entre os campi estão a precisar também de ter novas ferramentas e novas soluções”, apontou, evidenciado que “o reitor, na tomada de posse, conseguiu transmitir bem esta mensagem”.

António Lima diz que a “sociedade civil deseja que este seja um ponto de viragem”, havendo “uma expectativa alta em relação ao mandato de Pedro Arezes”. “Ele tem uma equipa reitoral bastante jovem e pode aproveitar essa juventude para vir ao encontro das expectativas da sociedade civil”, argumentou. O comentador lembrou ainda outro desafio que se coloca à nova equipa: “a transformação do Hospital de Braga em Hospital Universitário”. “É uma questão de peso, até porque nós sabemos que houve investimentos, até municipais, na área da saúde e que justificam uma aposta nesta área de ensino da Universidade do Minho”, afirmou.

Para António Lima, “a Universidade não se pode fechar com uma concha e administrar o seu património como se fosse exclusivo da Universidade”, porque a instituição integra o concelho de Braga. “Eu tenho uma mágoa relativamente ao edifício da Rua do Castelo, porque acho que a Universidade e a Autarquia portaram-se muito mal na preservação desse edifício e, portanto, eu espero que este reitor, nas decisões que tenha que tomar nesse âmbito, as tome, de facto, ouvindo não só os decisores políticos, mas também a sociedade civil, que é importante”, apontou ainda.

Para João Granja, “o novo reitor tem todas as condições para ser o protagonista de um novo ciclo”. “Tem uma boa e diversificada equipa reitoral. Fez um discurso aberto, politicamente correto e apresentou um vasto pacote de medidas que curiosamente traduzem um programa de ação muito virado para dentro e isso terá sido uma das grandes surpresas, a meu ver positivas, muito viradas para dentro da instituição”, referiu o comentador. Granja considera que a UMinho tem ficado aquém no “envolvimento ativo no debate nacional sobre ciência e ensino superior”. Ainda assim, o comentador reconhece que “as expectativas estão tão altas, o programa é tão ambicioso, que vai ser interessante perceber quais são as prioridades de gestão e as decisões que Arezes vai ter que tomar”, sendo nesse aspeto que “pode marcar a diferença”. João Granja concorda que “o reitor acertou quando colocou grande parte das suas medidas viradas para dentro”. “Acho que ele tem condições para fazer um excelente mandato, mas sobretudo tem que fazer uma coisa que muitas vezes nas universidades é difícil, que é fazer opções, decidir e investir na valorização dos equipamentos existentes, mas com determinação, porque muitas vezes aquilo que se assiste nas universidades, e o Minho não é exceção, é aquela lógica da piada brasileira, constituída à comissão, resolvida à questão”, acrescentou.

O comentador lembrou ainda que o novo reitor deve prestar “muita atenção aos bolseiros e criar uma forma para reter na Universidade do Minho investigadores”.

O Praça do Município pode ser escutado esta noite, depois das 20h00, nos 97.5FM e está já disponível em rum.pt.

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Liliana Oliveira
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