Ricardo Silva bate com a porta. ASB vai fazer papel de oposição e não quer pelouros

Ricardo Silva, do movimento Amar e Servir Braga anunciou hoje aos jornalistas que não há qualquer margem negocial para os três eleitos assumirem pelouros no presente mandato. O independente falava em declarações à imprensa e a mensagem chegou poucos minutos depois ao presidente de câmara, pela voz dos próprios jornalistas.
Recorde-se que João Rodrigues disse há uma semana, já depois de anunciar a distribuição de pelouros onde surgia incluída Catarina Miranda, eleita pelo PS/PAN, que não fechava a porta a mais conversações com a oposição na expetativa de alargar a distribuição de pelouros, mas no que respeita ao movimento independente, Ricardo Silva revela que não pretende mais conversações sobre este tema em concreto. “Não estamos disponíveis para continuar hipotéticas negociações de futuro para enquadramentos de pelouros porque esse prazo está esgotado”, indicou na sequência da declaração sobre o ponto de requalificação do espaço público do Pópulo.
Na ótica do antigo presidente da junta de S. Victor, a reunião camarária desta segunda-feira com nova configuração evidencia que o papel dos três eleitos do ASB é em exclusivo na oposição.
“O nosso papel é o de fazer a fiscalização a partir da leitura e do estudo de todos os processos. Acho que será facilmente tido em conta que fomos a bancada que melhor se preparou, aquela que leu os processos, que teve a preocupação de ir processo a processo, ficheiro a ficheiro para analisar de forma consciente. Quando nos querem acusar de erros de leitura, efetivamente não são erros de leitura, são tomadas de posição democráticas que assistem a esta bancada”, justificou.
Ricardo Silva acrescentou que o movimento não se identifica, igualmente, com a distribuição de pelouros levada a cabo por João Rodrigues.
Questionado pela RUM sobre a declaração de Ricardo Silva aos jornalistas minutos antes, o autarca recordou uma das “preocupações” que verificou ao longo do processo por parte do independente. “Está bem. Fiquei a saber pela comunicaçao social. Se foi essa a decisão, foi a decisão dele. Eu disse desde o início que estava aberto a tudo. A única vez que ouvi o representante do ASB a falar sobre isto é que estava muito preocupado porque tinha que saber se assumia o lugar ou não no seu posto de trabalho. Não sei se será por essa razão que decidiu acabar com a ideia de assumir pelouros, mas se foi essa a decisão, foi a decisão dele”, rematou.
