AAUMinho. Estudantes pedem mais divulgação para combater desconhecimento sobre órgãos sociais

Esta quarta-feira, há Reunião Geral de Alunos no campus de Guimarães, com as eleições para os órgãos sociais da AAUMinho na mira. Os estudantes minhotos são chamados a definir o calendário eleitoral e a eleger a Comissão Eleitoral para o ato que habitualmente acontece no início de dezembro.

A RUM esteve no campus de Gualtar a auscultar os estudantes para medir o grau de conhecimento sobre os órgãos sociais da AAUMinho e avaliar os seus hábitos de participação.

Ivan Sousa é aluno do 3.º ano de Economia e admite não estar “muito informado” sobre os órgãos sociais da AAUMinho, reconhecendo que, apesar disso, tem participado no ato eleitoral para a eleição desses mesmos órgãos. Já Nuno Oliveira, aluno do 1.º ano de Administração Pública, ainda não presenciou nenhuma eleição, mas já ouviu falar de siglas como RGA e CFJ, mas não está informado sobre a sua função. A colega de curso, Adriana Gomes, também não está familiarizada com o tema, porque “não muito tempo para isso”. No entanto, a estudante acredita que os dirigentes associativos devem apostar numa “divulgação maior, em todas as escolas” e tentarem “perceber quais são as necessidades específicas dos alunos”. Apesar do conhecimento superficial, Adriana tenciona votar em dezembro, porque diz ser “uma democrata”, mas só “depois de uma análise” às propostas das listas candidatas. É importante todos os alunos da faculdade votarem, porque depois há aquele aluno que não vota e, então, não pode não dar a opinião”, afirmou. A estudante de Administração Pública acredita que cada um “deve escolher aquilo em que acredita e que defende, não deixando para os outros a escolha”.

Gonçalo Brandão estuda Engenharia Informática. O aluno do 5.º ano diz que, segundo a sua experiência, a Associação Académica “é próxima” dos estudantes,

Ana Alves, do mesmo curso, diz não conhecer “a nível aprofundado” os órgãos. 

Nunca tive interesse pessoal, mas sei que, se quiser, tenho informação

No próximo ato eleitoral, ambos tencionam votar.

“Eu acho que é importante os alunos terem a noção do trabalho que é desenvolvido durante o mandato”, nomeadamente através das “redes sociais, para que os alunos possam ter mais noção” seriam, no entender da estudante, medidas importantes para combater a abstenção. Ana Alves acredita ainda que, apesar de o processo de votação ser online, seria importante criar “um espaço físico capaz de incentivar as pessoas a votar, ou seja, dedicar um espaço num complexo pedagógico muito movimentado às eleições”. “Temos a facilidade destas votações serem online, e acaba por ser bastante prático, mas a verdade é que só servem quem efetivamente quer votar”, justificou.

Ana Luísa Alves é estudante de o 3.º ano de Engenharia Biológica, diz conhecer a Associação Académica, mas confessa que nunca participou em nenhuma Reunião Geral de Alunos, porque dá “prioridade a outras atividades”, embora “de vez em quando até lê a ordem de trabalhos”. “Para a Associação Académica não costumo votar, de facto, o que talvez deveria mudar, mas dou prioridade a outras atividades, também não conheço muito bem as pessoas e não tenho tempo para estar a ver o que cada lista vai defender”.

Ana Luísa Alves acredita que seria importante que cada lista apresentasse um documento “mais resumido” do que defende e a promoção de iniciativas relacionadas com este momento importante para a comunidade estudantil. 

Alojamento, condições dos campi, saúde mental e clima entre as preocupações dos estudantes minhotos

O alojamento é, para Ivan Sousa, um dos assuntos que mais merece a atenção da direção da Associação Académica, bem como a gratuitidade da frequência do Ensino Superior, que seria “muito útil para o efeito que educar a nossa população teria sobre a nossa produção, sobre a nossa qualidade de vida em geral”.

As condições dos campi também preocupam os estudantes. Gonçalo Brandão e Ana Alves acreditam que a AAUMinho deve ser mais reivindicativa no sentido de melhorar as condições da biblioteca, dos complexos pedagógicos e das salas 24.

Ana Luísa Alves considera que temas como a saúde mental merecem maior destaque, nomeadamente no que diz respeito aos serviços oferecidos pela instituição. As questões climáticas devem também, no entender da estudante, ser um tema mais abordado pela AAUMinho.

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Liliana Oliveira
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