Meredith Monk, Devendra Banhart e a peça de Mohamed El Khatib em destaque no TC até ao fim do ano

O Theatro Circo anunciou esta segunda-feira a programação para o quarto quadrimestre do ano, com Meredith Monk, Devendra Banhart, neohtrix Point Never, a peça de Mohamed El Khatib e a nova criação de Dino D’Santiago, entre os destaques.
Entre setembro e dezembro, a sala bracarense recebe propostas de diferentes áreas, como a dança, o teatro, a mediação, a música e o cinema. Aos microfones da RUM, o diretor artístico do Theatro Circo, Luís Fernandes, sublinha que este é “um quadrimestre especial”, que fecha na medida um ano “tão importante como 2025”, em que Braga é Capital Portuguesa da Cultura. O responsável aponta ainda a estreia de Marco Martins, “um dos principais encenadores portugueses da atualidade”, com a peça ‘Um Inimigo do Povo’, a 13 e 14 de dezembro, uma encomenda do Theatro Circo e Braga 25 inspirada em incidentes reais.
Luís Fernandes acrescenta ainda a presença de nomes da região, como António Durães com Edgar Pêra, que apresentam ‘Cavalgada de Mil Amperes’, além do “desafio” lançado pelo Theatro Circo ao maestro Pedro Carneiro e convidados, em celebração dos 90 anos de Terry Riley com a obra ‘In C’.
Aponta também as parcerias realizadas com outras entidades para a circulação e a produção de espetáculos, como no caso do ‘Semibreve’, o ‘Encontros da Imagem’ e o minifestival ‘Curtinhas’, em parceria com o Curtas de Vila do Conde’. No caso do Hermeto Pascual, outro dos grandes nomes que eu não assinalei antes, mas que já estava anunciado, é também um conjunto de quatro concertos, com Culturgest, Teatro Viriato e o Auditório de Espinho.
As iniciativas que convidam o público a participar do dia a dia da sala bracarense, compõem a programação do Theatro Circo para o último quadrimestre do ano, como, por exemplo, na área da Mediação, em que o Theatro Circo apresenta o ciclo ‘Formas de Fazer’, a 13 de setembro com Repensar com o coletivo SillySeason, realizado no palco da peça Antígona, e a 2 de outubro, aproveitando a vinda da Companhia Nacional de Bailado, com uma Aula Técnica de Dança Clássica. Luís Fernandes vinca que esta é uma dimensão que tem sido “reforçada” desde que chegaram à direção do espaço, em 2023. “Não são os chamados best-sellers, porque não são espetáculos, não são conhecidos do grande público, mas têm um impacto muito grande naquelas pessoas”, refere.
Apesar de não falar em números, faz um balanço positivo dos primeiros meses do ano e diz que “os indicadores” apontam que os espetadores e a receita têm “ultrapassado a expectativa” e que as “pessoas estão muito felizes por poder ter um leque tão alargado de artistas tão reputados em Braga num ano destes”, ressaltando que esperam manter o nível para os próximos anos.
