write’n’let go. A plataforma para os universitários escreverem sobre os seus problemas

Ferramenta é dinamizada pelo Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho.

O Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho (UMinho) tem disponível uma plataforma que permite aos estudantes da academia enfrentar, de forma autónoma e através da escrita, os problemas que os afligem. Chama-se Write ‘n’ let go, é anónimo e com uma gestão inteiramente online.

A escrita positiva não é uma estratégia nova, surgiu em meados da década de 80 e está agora a ajudar alunos do ensino universitário, sejam ou não da Universidade do Minho, ainda que esta plataforma tenha surgido precisamente no campus de Gualtar, em Braga.

João Batista, do Laboratório de psicoterapia e psicopatologia, explica que se trata de uma intervenção “de baixa intensidade”. “Surge da necessidade e do interesse por explorar intervenções psicológicas de baixa intensidade”, começa por contar o especialista, que esclarece que apesar de pensarmos quase no imediato em consultas de psicoterapia, “há outro tipo de intervenções que podem ser usadas para prevenir o aparecimento de problemas psicológicos mais graves”.

A intervenção “é muito simples e consiste em pedir às pessoas para escrever sobre o problema que as esteja a afetar”. Em muitos estudos têm sido utilizados estudantes universitários, “um público que apresenta muitas pressões e alguma vulnerabilidade”. “Convidamos a pessoa a escrever durante cerca de uma semana, são quatro tarefas de escrita”, detalha. Todo o processo é confidencial e exige a inscrição na plataforma. Não há contacto direto com o investigador. Ainda assim “há critérios de exclusão”. Preenchidos os formulários, o site vai enviando emails de alerta para que a pessoa escreva e siga as orientações. 

A plataforma já foi lançada “há alguns anos”, mas está a ser aperfeiçoada no seu formato online. O estudo piloto surgiu em 2019 e a plataforma, com melhoramentos, está em funcionamento há dois anos e assim vai continuar “pelo menos durante mais uns meses”. A análise final só será feita no final da recolha. Com acesso a elementos quantitativos, os investigadores não conhecem a pessoa que escreveu, levando a conclusões mais genéricas. Ainda assim, dependendo do interesse da pessoa, a equipa da UMinho está disponível para esclarecimentos adicionais.

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Elsa Moura
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