Universidade do Minho identifica leveduras e bactérias que destroem plástico

A Universidade do Minho encontrou um grupo de leveduras e bactérias com capacidade para degradar o plástico. Os resultados apontam para uma alternativa sustentável no combate à poluição.


Com a parceria da empresa Vizelpas e financiamento europeu através dos projetos científicos Ecobib e River2Ocean, o estudo iniciou em 2021, relacionado com a tese de mestrado em Bioquímica Aplicada de João Gomes, que teve a orientação de Isabel Soares-Silva e Raúl Machado.

A base partiu de uma coleção de microrganismos presente no Centro de Biologia Molecular e Ambiental. O docente e investigador explica que foi feito “um rastreio para encontrar os mais promissores”, tendo sido encontrado um tipo de bactérias, Pseudomonas aeruginos, e de leveduras, Yarrowia lipolytica, com “elevado potencial para a biodegradação do plástico”. 


“Estes microrganismos aderiram à superfície do plástico, neste caso o polietileno, que é um dos mais utilizados pela indústria, e, além disso, levaram à erosão da superfície do plástico”, acrescenta Raúl Machado.


A segunda fase da investigação já está no terreno, alargando a prospeção a microrganismos marinhos, de forma “a construir um consórcio que leve a uma maior eficiência de degradação”. Numa abordagem mais multidisciplinar, está a ser avaliada a possibilidade de se utilizar “um tratamento físico que permita tornar a superfície do plástico mais suscetível à ação dos microrganismos”, além de analisar as vias metabólicas responsáveis pelo processo.

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Tiago Barquinha
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