Jornalistas em greve nacional esta quinta-feira

Esta quinta-feira, 14 de março, é dia de greve geral dos jornalistas. A decisão tinha sido tomada em janeiro, no Congresso de Jornalistas realizado em Lisboa. A proposta de uma greve geral, a primeira da classe em mais de quarenta anos, foi aprovada por unanimidade no congresso.
Entre as reivindicações na base desta paralisação nacional estão aumentos salariais em 2024 superiores à inflação acumulada desde 2022 e a melhoria substancial da remuneração dos freelancers. A garantia de um salário digno à entrada na profissão e de progressão regular na carreira, o pagamento de complementos por penosidade, trabalho por turnos e isenção de horário assim como a remuneração por horas extraordinárias, trabalho noturno, e em fins de semana e feriados.
Exige-se ainda o fim da precariedade generalizada e fraudulenta no setor, pelo recurso abusivo a recibos verdes e contratos a termo.
No caderno reivindicativo consta também o cumprimento escrupuloso das leis do Código de Trabalho, incluindo a garantia do equipamento técnico necessário, em particular para a captação de imagem e som, o cumprimento escrupuloso do Contrato Coletivo de Trabalho da imprensa e a generalização da contratação coletiva para o setor audiovisual e da rádio.
O plano de reivindicações para os jornalistas prevê ainda a intervenção do Estado na garantia da sustentabilidade financeira do jornalism, a justa remuneração de quem cumpre o estágio obrigatório para o acesso à profissão, além de condições humanas e materiais para a produção noticiosa, cumprindo princípios éticos e deontológicos.
Por fim surge ainda a revisão das estruturas regulatórias da comunicação social e do jornalismo, garantindo a sua atualização e capacidade para salvaguardar a qualidade da informação.
