CRUP considera comparações entre universidades nacionais e europeias “desprovidas de significado”

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) considera as comparações das novas universidades com outras academias a nível europeu “desprovidas de significado”. Em causa está o posicionamento das instituições de ensino superior portuguesas no ranking de Shanghai. Na última publicação, a Universidade do Minho ficou no intervalo 401 a 500 juntamente com Aveiro e Coimbra.

Paulo Jorge Ferreira alerta para o facto de as quatro novas universidades que nasceram em 1973, terem ao seu dispor “instrumentos financeiros totalmente diferentes das academias com as quais estão a ser comparadas” a nível europeu e internacional.

O presidente do CRUP recorda que, de acordo com a OCDE, falta ao ensino superior português por cabeça de estudante em paridade de poder de compra 6 mil dólares para ficar ao nível da média da União Europeia ou da OCDE.

No programa do Cinquentenário da instituição minhota está prevista a apresentação, em março, do estudo “A UMinho e a transformação da região”, realizado pelo professor Fernando Alexandre. Neste trabalho o investigador do NIPE aponta como desafio colocar a academia minhota no TOP 100 do ranking de Shanghai. Um caminho que o presidente do CRUP considera difícil devido ao fosso orçamental entre instituições.

“Esse fosso é tão grande neste momento que é impensável ser transposto a curto prazo”, declara. “O país não tem recursos suficientes para isso e há outras prioridades a atender, mas se não houver uma estratégia para convergir com outros países, Portugal não vai conseguir vencer para ter uma economia verdadeiramente apoiada no conhecimento e na qualificação”, frisa.

Questionado sobre a possibilidade de existir uma maior colaboração entre as instituições de ensino superior nacionais e esse ser o caminho para um maior sucesso, Paulo Jorge Ferreira diz que esse envolvimento já existe principalmente ao nível da investigação, pois os recursos são escassos e “seria um disparate querer replicar equipamentos caros em todo o lado”.

No panorama europeu, o responsável dá o exemplo das alianças europeias que estão a contribuir para moldar o “conceito de universidade do futuro”.


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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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