“A UMinho deu inestimáveis contributos para a transformação social, económica e cultural do país”

É com “olhar crítico sobre o presente”, baseado na “recordação” do que foi feito até agora, que o reitor da Universidade do Minho pretende “projetar o futuro”. No discurso realizado na cerimónia dos 50 anos, este sábado, no Largo do Paço, em Braga, Rui Vieira de Castro fez uma avaliação sobre a instituição e o estado do ensino superior.


No entender do responsável máximo, nas cinco décadas passadas, a academia minhota deu “inestimáveis contributos para a reconfiguração dos sistemas de ensino superior e de ciência e para a transformação social, económica e cultural do país”. Nesse sentido, um dos focos para o que se avizinha é “assegurar a qualificação inicial e continuada da população, aproximando as comunidades dos níveis prevalecentes nos países europeus”.

Também em jeito de comparação, o reitor aponta à “melhoria dos indicadores de desempenho científico”, tendo como referência as principais universidades, a nível internacional. “O reforço das carreiras de investigação”, assinala, “deverá dar um efetivo contributo” e, a montante, pretende “intensificar os projetos desenvolvidos em redes colaborativas com entidades públicas e privadas”.

Reitor lamenta barreiras levantadas pelo subfinanciamento

A Universidade do Minho está a proceder a uma revisão estatutária. De acordo com Rui Vieira de Castro, “as alterações do modelo de elaboração e gestão orçamental estão a definir caminhos para uma universidade mais capaz de responder aos desafios e financeiramente mais sustentável”.

Numa lógica de maior autonomia, o Estado tem também um papel central. O líder da academia minhota considera que a verba atribuída ao ensino superior público “continua a ser insuficente”. Dando o exemplo da instituição que representa, a transferência de fundos, via Orçamento do Estado, é de 85,2 milhões de euros, “apenas” 43% da receita prevista. “As despesas certas e permanentes com recursos humanos devem ascender, no corrente ano, a 92,3 milhões, correspondentes a 65,8% da despesa”, sinaliza.

Do ponto de vista social, Rui Vieira de Castro é da opinião que a resposta dada está “ainda longe de prevenir suficientemente fenómenos de abandono e insucesso escolar”. “A dimensão do problema do alojamento estudantil e os impactos do aumento do custo de vida” levam a inferir que “permanecem fragilidades que podem afastar muitos jovens do ensino superior”.

A Universidade do Minho mostra-se disponível para “continuar a afirmar e comprovar a sua relevância para a construção de uma sociedade mais desenvolvida, aberta, inclusiva, coesa, justa e democrática”. “Cabe-nos contribuir para a criação de condições de vida mais dignas e esperançosas para todos os portugueses, para a construção de um Portugal em que se vejam cumpridas as aspirações que, com o 25 de Abril, assumimos coletivamente”, frisa, numa alusão ao coincidente cinquentenário do Dia da Liberdade.

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Tiago Barquinha
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