“Braga está no mapa graças à Universidade de Minho”

“Braga está no mapa graças à Universidade do Minho” e à parceria com a Bosch. Fernando Alexandre, docente da Escola de Economia e Gestão, aponta este como um dos exemplos que serão destacados na apresentação do estudo “A UMinho e a transformação da região”, prevista para março.

Um verdadeiro efeito arrastão, visto que, desde 2013, contribuiu para a existência de mais e melhor emprego, nomeadamente na multinacional alemã, que passou de 2 mil para perto de 4 mil funcionários com a instalação do seu Centro de Desenvolvimento de Engenharia na cidade dos arcebispos. Algo que até então era pouco comum, pois as empresas eram relutantes quanto ao afastamento da “casa-mãe”. Além disso, ajudou no desenvolvimento da estrutura produtiva da região quer nas áreas do software e informática quer no têxtil que é, cada vez mais diversificado graças à aposta, por exemplo, na engenharia de materiais.

Sem a Universidade do Minho este projeto nunca teria existido

No último ano, a Fundação José Neves revelou um relatório em que é possível perceber que a diferença salarial entre jovens com o ensino superior e com o ensino secundário atingiu “mínimos históricos”, passando de 50% em 2011 para 27% em 2022. Confrontado com esta realidade, o docente defende que apesar de tudo a progressão existe.

“A diferença salarial entre quem tem um diploma de ensino superior e quem não tem reduziu, mas reduziu porque a oferta de diplomados aumentou imenso”, frisa. No entanto, Fernando Alexandre alerta para a evolução salarial na região, pois nos anos 80, a diferença para a média nacional era de cerca de 40%, sendo que hoje a realidade é bastante diferente com valores a rondar os 80%. 


No caso de Braga, o investigador adianta que “já ultrapassou até a média da região Norte”, estando cada vez mais perto da região do Porto.

Ao longo de 50 anos, a Universidade do Minho já atribuiu cerca de 90 mil diplomas. Porém, a convergência da escolaridade de alguns concelhos do Norte com a Europa ainda não é uma realidade.

A percentagem da população da região do Cávado com mais de 15 anos, com ensino superior, em 2021, era de 20%, ou seja, um valor que ultrapassa a percentagem nacional. Por outro lado, concelhos como Barcelos, Guimarães e Vila Nova de Famalicão, devido à sua estrutura produtiva muito direcionada para a indústria, continua a apresentar valores mais distantes dos nacionais, na ordem dos 14%.

Em suma, houve um progresso, porém, continua a existir uma “distância preocupante” que deve ser prioritária nos próximos anos. 

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2022, olhando para Portugal Continental, a região Norte liderava com a maior taxa de privação material e social com 13%, sendo que no mesmo ano o INE avançava que esta era a região com o PIB per capita mais baixo com 67,3% da média europeia. Dados que ajudam a entender o facto de a UMinho ser das academias com maior percentagem de alunos bolseiros. 

No ano letivo de 2021-2022, havia 5.904 estudantes bolseiros, 1.397 estavam alojados em residências universitárias. O valor total das bolsas atingiu os 8,4 milhões de euros.


– A ENTREVISTA COMPLETA AO UMINHO I&D JÁ ESTÁ DISPONÍVEL AQUI –  

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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