BE quer recuperar dois deputados em Braga para “forçar governo à esquerda”

Um resultado semelhante ao de 2019 em Braga, já seria um “bom resultado” para o Bloco de Esquerda, na ótica do cabeça de lista às legislativas de 10 de março, Bruno Maia. Nessas eleições, o bloco conseguiu eleger dois deputados por Braga que, em 2022, perdeu. Aos 41 anos, o médico que há dois anos foi candidato a bastonário da ordem dos médicos, apresenta-se como representante nº1 dos bloquistas neste círculo eleitoral, acompanhado de dois dos deputados que já representaram Braga na Assembleia da República: Alexandra Vieira, agora nº2 (57 anos, professora) e José Maria Cardoso.
Na lista hoje entregue no Tribunal de Braga constam em terceiro lugar Miguel Martins, de 23 anos, residente em Barcelos e logo de seguida Sónia Ribeira, de 47 anos.
Esta sexta-feira, depois da entrega forma da lista no Tribunal de Braga, Bruno Maia assumiu que o objetivo é alcançar “pelo menos o resultado de 2019 e eleger dois deputados pelo distrito”. Sem rodeios, o candidato notou que o partido está apostado “em reforçar a esquerda” considerando que só um voto no bloco “pode reforçar, forçar uma maioria à esquerda e forçar um governo à esquerda”. ” É essa a validade de um voto no Bloco de Esquerda”, apontou.
“A minha primeira prioridade é o Hospital de Braga”
O Hospital de Braga “está a assalto pela direita neste momento” e os bloquistas afiançam que serão “uma barreira forte contra a reprivatização” da gestão do Hospital de Braga que a direita quer recuperar. “Queremos que o Hospital de Braga seja reforçado em termos de investimento, sobretudo em recursos humanos para não termos a situação que vimos neste inverno nas urgências, mas não queremos cá a gestão privada outra vez. A gestão privada revelou-se desastrosa para o erário público e é isso que é importante dizer”, vincou o cabeça-de-lista bloquista.
O candidato desvaloriza o facto de não ser natural ou residente no distrito e diz que “o mais importante para uma candidatura”. “Sobretudo há um trabalho local, autárquico, distrital, que tem sido feito nas últimas décadas, portanto, eu acho que isso é o mais importante para uma candidatura”, finalizou.
