Nova presidência da EEG promete “desassossego permanente”. Internacionalização é grande aposta

“Nós próximos três anos teremos as nossas zangas, mas não hoje”. Nas suas primeiras palavras como presidente da Escola de Economia e Gestão (EEG), Luís Aguiar-Conraria, não escondeu ao que vem, numa mensagem clara ao reitor da academia. “Estamos todos no mesmo barco, por isso, ou remamos para o mesmo lado ou não vamos sair do sítio”, afirmou.

Desta forma, Luís Aguiar-Conraria promete três anos de um ´desassossego permanente`, em que o reforço da internacionalização será uma das principais bandeiras, nomeadamente, conseguir as apelidadas “três joias da coroa” no que toca à acreditação de cursos a nível internacional.


“Temos de nos tornar numa escola mais internacional e abrir ao mercado europeu, mas não só. Neste momento, a nossa principal prioridade é a entrega, no próximo mês, de um relatório para a acreditação internacional pela AACSB”, refere.

A revisão da oferta de pós-graduação e o aumento das ligações com as empresas também não serão esquecidas. Quanto à UMinho Exec, o presidente abordou a possibilidade, a estudar, de uma infraestrutura dedicada.

Para além da economia, gestão e ciência política, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, alertou para a necessidade de não deixar cair a tradição na formação em administração pública.

A escola tem uma longuíssima tradição. Foi na Escola de Economia e Gestão que surgiu o primeiro curso de Administração Pública em Portugal. Há hoje uma reconfiguração de toda esta área, no que diz respeito à formação e a escola deve, do meu ponto de vista, aproveitar esta oportunidade e instituir a Administração Pública, como a Ciência Política, como áreas estratégicas da sua atuação”, recomenda.

No discurso de tomada de posse, o novo presidente da EEG denunciou o facto de vários docentes estarem a trocar a UMinho por outras academias devido a falta de oportunidades. Para tentar ajudar a “estancar a ferida”, o reitor apontou à possibilidade de firmar um contrato programa, uma solução que Luís Aguiar-Conraria só irá considerar a “médio prazo”.

Aos jornalistas, Rui Vieira de Castro reconhece o flagelo e avança que irá debater, numa das próximas reuniões do Conselho de presidentes das Unidades Orgânicas, esta questão, de modo a que seja possível calendarizar os concursos.


Se eu for professor associado, e se eu souber que a minha instituição vai abrir um concurso de professor catedrático daí a nove meses ou a um ano, naturalmente, que olho de forma diferente para a possibilidade de concurso a uma outra instituição, do que se não tiver ideia nenhuma sobre aquilo que vai acontecer”, defende.

Nos próximos 3 anos, Luís Aguiar-Conraria contará como vice-presidentes, com os professores Carlos Menezes, Miguel Ângelo Rodrigues e Rita Sousa.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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