Braga regista menor área ardida dos últimos 28 anos em 2023

Braga registou, este ano, a menor área ardida dos últimos 28 anos, 18 hectares, e o número de incêndios só foi mais baixo em 2014, quando foram registados 36, menos um do que este ano.
Os números do Instituto Nacional de Estatística foram destacados pelo vereador da Proteção Civil, na apresentação do balanço dos incêndios florestais.
O número de incêndios e área ardida tem vindo a diminuir desde 2016. Este ano, registaram-se 37 incêndios e 18,47 hectares de área ardida. Nos últimos 28 anos, os valores mais elevados foram registados em 2005, ano em que arderam 1201 hectares e houve 350 incêndios. Em sentido inverso, em 2014, foram registados os números mais baixos, com 22,66 hectares ardidos e 36 incêndios.
O comandante da proteção civil, Vítor Azevedo, reconhece que para estes resultados têm contribuído “a prevenção e vigilância, a restrição de queimas e queimadas entre junho e outubro, o projeto Cuidar Braga e as condições meteorológicas”.
No que diz respeito às faixas de gestão de combustível, Vítor Azevedo denotou que foram enviadas, este ano, “250 notificações” e o “município substitui-se aos proprietários na execução da faixa em 11 situações”, sendi que “67% das faixas foram executados pelos proprietários”.
Nuno Osório, comandante dos Sapadores, tiveram até ontem 100 alertas para incêndios em espaços naturais no concelho de Braga, envolvendo 629 operacionais e 177 veículos, tendo sido percorrido 7772 quilómetros e realizado 286 horas de operações.
“Unidades locais de Proteção Civil se têm mostrado muito eficazes”
Altino Bessa, vereador do Ambiente, enalteceu os “custos” que a prevenção tem para o município. “Num alerta laranja reforçávamos o dispositivo, de cerca de 20 elementos, com mais cinco e quando era vermelho eram mais oito elementos”, exemplificou.
Altino Bessa lembrou ainda que “as unidades locais de Proteção Civil se têm mostrado muito eficazes”. “Temos dez e três atuam já na primeira intervenção”, acrescentou, apontando ao objetivo de alargar estas unidades às 34 freguesias.
O vereador lembrou ainda as duas equipas de Sapadores Florestais que fazem o Plano de Defesa da Floresta Contra Incêndios, resultante de um protocolo com a Associação Florestal do Cávado, que representou “um investimento de mais de 100 mil euros”.
Em 2024, o município vai criar uma “espécie de equipa de Sapadores florestais na Proteção Civil, apoiada por uma viatura, que fará silvicultura preventiva, vigilância e primeira intervenção”.
“Estamos também a ver a possibilidade de acomodar no orçamento a compra de um autotanque para os Bombeiros Sapadores, além de um investimento significativo na nova recruta, que permitirá ter 28 novos elementos no corpo de Sapadores Municipais, que representarão uma despesa efetiva para o Município na casa dos 500 mil euros por ano”, finalizou.
