Associações zoófilas de Braga querem mais um veterinário ao serviço do município

Três associações zoófilas da cidade de Braga defendem a contratação de mais um veterinário dedicado exclusivamente à prática clínica nas instalações do CRO – Centro de Recolha Oficial de Braga.
Atualmente, ao serviço do município está um veterinário e, no entender da Abandoned pets, da Associação Para A Proteção de Animais Errantes de Braga (APPANIBRAG) e do Amigatos da Milkinha, a crescente demanda por serviços veterinários para os animais errantes, nomeadamente pela ativação da ambulância animal, justifica uma nova contratação.
À RUM, Sónia Marinho, da APPANIBRAG, salienta a importância do trabalho de cooperação com o município ao longo dos últimos anos, no entanto, aponta que “ainda há muito por fazer”. “O protocolo de cooperação entre as associações e a autarquia tem uma verba limitada que é paga às clínicas veterinárias privadas que trabalham com o município, mas o que acontece é que essa verba acaba em abril ou maio, ou seja, acaba antes do primeiro semestre do ano”, argumenta, justificando a “necessidade de mais serviços veterinários”.
De acordo com Sónia Marinho, a maioria dos serviços prestados são, atualmente, prestados por entidades privadas externas ao município. Assim sendo, considera que a contratação de um segundo veterinário, “além de permitir aumentar o número de animais esterilizados, pode resultar numa poupança significativa para o município e para os contribuintes”.
A solicitação foi endereçada à Câmara Municipal de Braga, a 2 de novembro. Sónia Marinho frisa esta necessidade com base no que acontece noutros municípios, nomeadamente em Barcelos que, apesar de ser “muito mais pequeno”, tem nos quadros três veterinários. “É, portanto, um imperativo termos, pelo menos, mais um”, vinca.
Autarquia estuda nova contratação
Contactado pela RUM, o vereador com a pasta da Política Animal, Altino Bessa, adianta que a contratação de um segundo veterinário “está a ser estudada” e que, neste momento, importa perceber se o CRO, gerido pela AGERE, “tem as condições necessárias para a realização dos procedimentos solicitados”, nomeadamente esterilizações.
“Estamos em contacto e a trabalhar junto da AGERE”, indica, sublinhando o “trabalho de cooperação que tem vindo a ser desenvolvido com as associações no sentido de dar uma resposta cada vez melhor e eficaz no que concerne aos animais errantes”.
