Vereadores do PS criticam “impreparação” da CMB para impacto das obras na Avenida

Os vereadores do Partido Socialista (PS) em Braga acusam o presidente do Município de Braga, Ricardo Rio e a vereadora com o pelouro das obras municipais, Olga Pereira de “irresponsabilidade” no lançamento das obras da Avenida da Liberdade e do Túnel da Avenida, com consequências diretas para os automobilistas e para os utilizadores dos Transportes Urbanos de Braga que estão a gerar constantes atrasos nas rotinas dos bracarenses, seja para o trabalho, para aulas, para consultas no Hospital de Braga ou audiências no tribunal. 

Numa conferência de imprensa realizada esta manhã, junto a uma das entradas do túnel da Avenida encerrado ao trânsito há cerca de um mês, Artur Feio, líder dos vereadores socialistas na oposição, teceu duras críticas à maioria que lidera os destinos do município e aconselhou desde já uma abordagem diferente, tendo em conta as obras previstas para o Nó de Infias e para as duas primeiras linhas de BRT sob risco deste executivo “afundar a cidade e a sua mobilidade nos próximos anos”.

“Estamos inundados de queixas. Há pessoas que esperam mais de duas horas nas paragens e nem sempre os autocarros aparecem. Pessoas que têm consultas, trabalho, necessidade de ir a tribunal, aulas e isto tudo está a causar uma dificuldade brutal nos bracarenses”, exemplificou. “Quem precisa de atravessar a cidade em horas de maior trânsito demora uma hora e meia a duas horas”, critica, apelando à reformulação de planeamento do tráfego na cidade.

Artur Feio disse ainda que as longas filas de trânsito que estão a deixar muitos bracarenses “revoltados” são “consequência” da “falta de estratégia e de planeamento” para a realização das obras. Falando em “caos” e “descuido absoluto sem antecipar as dificuldades que surgiriam”, o vereador do PS nota que se trata “apenas da ponta do iceberg”, antecipando as obras no Nó de Infias e as futuras intervenções para a passagem do BRT. Os socialistas consideram ainda que a obra do Túnel da Avenida começou tarde por culpa da maioria que apresentou um preço base baixo deixando os primeiros concursos desertos e atrasando o processo. Além disso, na ótica dos socialistas, a obra no túnel deveria acontecer em período noturno.

“É preciso parar para pensar e evitar os mesmos erros nas próximas obras”


Os vereadores socialistas pedem uma reunião “urgente” entre o presidente, o pelouro das obras municipais e os técnicos para “resolverem” este impacto diário na vida das pessoas. “É preciso parar para pensar. Não podemos continuar a lançar obras numa perspetiva de concluir o mandato”, acrescenta.

Artur Feio diz que as novas obras não podem “perturbarem ainda mais” o trânsito na cidade e pede à maioria de direita que não repita “os problemas que estão a ser criados aos bracarenses”. O socialista diz que o responsável máximo pela situação criada em Braga é “Ricardo Rio” e diz que se esperava “muito mais do pelouro de obras municipais”, admitindo que Olga Pereira tem revelado “falta de capacidade” para a gestão deste pelouro. 

Autarca fala numa fase complexa dos trabalhos agravada pelo mau tempo e apela à compreensão


Ora, em declarações aos jornalistas também na manhã desta quarta-feira, o presidente do Município de Braga, Ricardo Rio abordou o caso concreto das inundações na cidade verificadas na última noite e respondeu aos mais críticos a propósito do aumento consideravel de tempo que os automobilistas se queixam de passar dentro do carro, nas paragens de autocarros ou no interior dos mesmos desde que se iniciaram as obras na Avenida da Liberdade e no túnel. Recorde-se que mesmo antes do arranque destes trabalhos, o aumento do número de queixas dos automobilistas já era notório. “Trata-se da implementação de uma estratégia de mobilidade tão reivindicada, mas que quando é implementada, causa transtornos. Temos que saber acomodar-nos a essa realidade e aguardar que esta fase mais complexa, agravada pelas condições climatéricas, possa ser ultrapassada”, respondeu.

Já a vereadora das obras municipais justificou o atraso da abertura do topo sul da Avenida com a chegada da chuva que impede a pavimentação de uma área de cerca de 400metros quadrados que, de imediato, será aberta à circulação. “São necessários mais dias de tempo seco para poder pavimentar”, esclareceu, insistindo no apelo à compreensão.

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Elsa Moura
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