SAD do SCB reúne para aprovar contas numa altura em que se volta a falar da venda do estádio

O tema central é relativo às contas do Sporting Clube de Braga da última temporada, mas à margem da ordem de trabalhos da Assembleia Geral desta terça-feira, os acionistas poderão abordar as notícias mais recentes que dão conta do objetivo do município de Braga em apresentar uma proposta de venda do estádio ao SCB muito em breve. Foi no passado dia 26 de setembro que o presidente da autarquia, Ricardo Rio, em exclusivo aos microfones da RUM, reafirmou o objetivo de vender o estádio, confirmando que estava a ser iniciada uma avaliação por parte dos serviços municipais para apresentar ao SCB uma proposta de venda, a concretizar ainda neste mandato que termina em 2025. 

Esta terça-feira, também em declarações à RUM, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Manuel Fernandes recusou comentar se o assunto vai ser debatido mais logo pelos acionistas, à margem da ordem de trabalhos, referindo que “o SCB está neste momento num crescimento fortíssimo a todos os níveis”. 

“Poucos clubes no mundo têm o património que hoje o SCB tem”, disse. Com muitos elogios à gestão de António Salvador, o presidente da AG referiu que se trata de um crescimento não só em património “mas também em resultados, na aposta em novas modalidades”, assim como no “aumento do número de sócios”. 

Recorde-se que a SAD do SCB alcançou um resultado líquido positivo de 20,4 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas referente à última época divulgado no final de setembro.

Referindo que tal como nas assembleias gerais anteriores “há espaço para debate”, José Manuel Fernandes ressalva apenas o “urbanismo e qualidade das intervenções” que têm sido feitas neste espaço. 

Ainda a propósito do Estádio Municipal de Braga, o presidente da AG reconheceu que o clube “merece um estádio melhor, moderno e mais aconchegante”, defendendo um equipamento “acessível e amigo de todas as idades”.

Ora, no que a novas intervenções respeita, o presidente do município, Ricardo Rio já fez saber que a autarquia não vai financiar qualquer obra no estádio, remetendo intervenções identificadas para o SCB, se este aceitar comprar o recinto desportivo que não irá acolher qualquer jogo do Mundial 2030.

“Não pretendo exigir os 200ME, mas um valor que permita à CMB fazer investimentos como a reabilitação do 1º de Maio” – Ricardo Rio em entrevista à RUM no final de setembro


O clube arsenalista, recorde-se, chegou a assumir o desejo de requalificar o Estádio 1º de Maio, mas foi barrado já que o projeto não respeitaria todas as normas da Direção Geral do Património. Os consecutivos investimentos do SCB à volta do Estádio Municipal fazem crer que António Salvador estará disponível para comprar o equipamento, ainda que não a qualquer preço. Já Ricardo Rio não antecipa valores que possam ser colocados em cima da mesa, mas admite que o dossier será obrigatoriamente encerrado nos próximos meses e não pretende vender o equipamento que custou mais de 200ME ‘ao desbarato’

Nessa mesma entrevista à RUM, o autarca foi claro: “O Estádio só faz sentido ser utilizado pelo SCB. Não pretendo exigir os 200 Milhões de Euros que foram investidos neste equipamento, mas obviamente um valor que permita ressarcir a câmara municipal e, por exemplo, viabilizar outros projetos, incluindo a própria reabilitação do Estádio 1º de Maio que também por força destes anos de abandono, acabou por sofrer uma degradação muito acelerada”, acrescentou.



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Elsa Moura
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