´Newsat`. Novas tecnologias e materiais mais amigos do ambiente para satélites

O projeto ´Newsat` pretende estudar a ionosfera, de modo a prevenir fenómenos meteorológicos mais extremos. Este pode ser um dos resultados do aumento da carga elétrica provocada pelo aumento do número de satélites em orbita.

O projeto liderado pela spin-off da Universidade do Minho, a ´Stratosphere`, conta com um orçamento de 1,3 milhões de euros e a colaboração do MIT Portugal, INESC TEC, do Instituto de Ciências e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial e o Centro de Sistemas de Informação e Computação Gráfica. O objetivo, de acordo com o presidente, CEO e cofundador da spin-off, Gustavo Dias, passa por “produzir pequenos satélites baseados em tecnologia 3D printing e a partir de materiais de base polimérica”, algo pouco comum neste setor, mesmo em pequenos satélites.

Outra dimensão do trabalho passa pela constituição de digital twins, ou seja, ´gémeos digitais` do satélite que “mimetizam o comportamento do satélite em órbita a partir de informação que o equipamento vai transmitindo para a terra”. Dessa forma é possível a partir da terra. conhecer o comportamento em detalhe do satélite.

O primeiro protótipo poderá ser lançado para o espaço em finais de 2024, graças a uma colaboração com a Universidade de Lausanne, na Suíça.

A sustentabilidade foi um dos pontos abordados durante a entrevista ao UMinho I&D. O investigador da Escola de Engenharia esclarece que, cada vez mais, um foguete é reutilizado em lançamentos, o que permite “baixar muito o custo do foguete e do acesso ao espaço”. Por outro lado, as equipas estão a apostar em satélites mais pequenos, com tecnologia mais integrada e com uma vida útil mais curta, ou seja, a ideia é passar de equipamentos que ficam no espaço 30 anos para ciclos de cinco anos.

No que toca aos materiais, as equipas estão a elaborar produtos de mais fácil destruição. “Os materiais poliméricos poderão ter um papel importante no futuro, porque, obviamente, necessitam de muito menos energia para a sua dissociação”, explica.


– A ENTREVISTA AO UMINHO I&D JÁ PODE SER OUVIDA NA INTEGRA AQUI – 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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