Deucalion instala-se na UMinho para revolucionar trabalho dos cientistas

A Universidade do Minho inaugura esta quarta-feira um supercomputador que vai ajudar a União Europeia na luta pela liderança mundial da supercomputação. O Deucalion está instalado no campus de Azurém, em Guimarães, e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) acredita que vá resolver inúmeros problemas complexos que se verificam atualmente em todas as áreas científicas no país.
Em declarações à RUM, o vice-presidente da FCT, Francisco Santos, refere que este investimento de 20Milhões de Euros vai trazer resultados importantes para a comunidade. Portugal “tinha uma falha na computação avançada e nos serviços de computação disponibilizados aos investigadores” que serão colmatados com o Deucalion, afiança.
Será utilizado por investigadores de todas as áreas científicas, permitindo “estimular todas as escalas, prever o tempo, trabalhar a existência de novos materiais, simular como é que uma pandemia ou um fogo se pode propagar”, exemplifica. Num momento em que se verifica “muita quantidade de dados é importante saber processar esses dados e extrair conhecimento”. “Sem estas infraestruturas é muito difícil utilizar as novas tecnologias para avançar a ciência, a inovação”, acrescenta.
A instalação deste supercomputador está a ser trabalhada há vários anos e vai ajudar a responder a uma ambição da própria União Europeia (UE), lembra o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro. “A UE tem a ambição de se tornar líder mundial da supercomputação e lançou uma iniciativa conjunta que implica a instalação de supercomputadores em vários lugares da Europa, sendo que um desses lugares é Guimarães, é Azurém, é a Universidade do Minho. Há uma expetativa muito grande que venha permitir novos desenvolvimentos na investigação que é feita em muitas áreas científicas que hoje são particularmente exigentes a esse respeito”, nota.
Rui Vieira de Castro assume ainda que a instalação do Deucalion na UMinho “é o corolário de um esforço que vem sendo feito há vários anos”. O supercomputador dirige-se primeiramente à comunidade científica, mas a expetativa é que venha a ser utilizado por outras entidades, “designadamente o setor empresarial”.
O supercomputador, fabricado pela Fujitsu, pesa 26 toneladas, é capaz de executar 10 milhões de biliões de cálculos por segundo e implicou um investimento de 50 milhões de euros.
A inauguração oficial está agendada para a tarde de hoje (14h30) contando com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.
