Iluminação na Muralha de Guimarães gera indignação

A Muralha de Guimarães está novamente visível, mas o resultado não agradou a todos causando até uma onda de indignação por parte de muitos vimaranenses, nomeadamente nas redes sociais.  A emblemática frase “Aqui nasceu Portugal” na parede da antiga Torre da Alfândega surgiu iluminada com as cores de Portugal na noite desta terça-feira e muitos não perdoaram a opção. Certo é que entretanto, o próprio município de Guimarães veio a público justificar o sucedido, garantindo, em simultâneo que não se trata de uma iluminação permanente.

O cimento colocado nas juntas da muralha também tem sido outra crítica apontada ao resultado da intervenção.

Num esclarecimento prestado à Rádio Santiago, o Município realça que o sistema permitirá o recurso a diferentes cores para a iluminação da referida inscrição.


Recorde-se que nos últimos meses a muralha esteve tapada por uma lona na sequência de obras de requalificação que ainda estão em curso e queão permitir a acessibilidade ao interior da Torre, onde será colocado um elevador panorâmico e criado um núcleo expositivo.

Entretanto, a JSD de Guimarães já veio a terreiro criticar a autarquia vimaranense, liderada pelo Partido Socialista.

Sublinhando que o investimento de um milhão e meio de euros na intervenção na Torre da Alfândega “tem suscitado preocupações e críticas entre os vimaranenses e os amantes do património histórico”, a JSD Guimarães acusa a maioria no executivo municipal vimaranense de “desvirtuar um dos maiores símbolos da

cidade de Guimarães”.

Os jovens sociais democratas vão mais longe. “Lamentavelmente, ao utilizar cimento como parte do processo de intervenção, a estrutura perdeu parte de sua autenticidade e originalidade, contrastando com a beleza e a sensibilidade de seu valor histórico. Recentemente, não foi feita a remoção de infestantes nas juntas da

muralha, pois as andorinhas estavam em nidificação. No entanto, na Torre as mesmas juntas foram tapadas com cimento. Existe uma evidente hipocrisia no zelo histórico do nosso património que já começou com a descaracterização total do Toural”, referem na mesma nota pública.


A finalizar, a JSD de Guimarães apela à Câmara Municipal de Guimarães e ao seu executivo para que

“considerem as críticas da população e repensem a abordagem adotada nesta intervenção”, nomeadamente a retirada das luzes coloridas e a permanência da luz branca.

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Elsa Moura
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