Pais em Luta desesperam com falta de soluções para as ‘pontas’ em Braga
Sem uma resposta imediata da Câmara de Braga, o Movimento Pais em Luta tem também encontrado dificuldades em inscrever os filhos com necessidades específicas nas IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho. Em causa estão as ‘pontas’, períodos como manhãs e tardes livres, que, face ao atual cenário, levam a que os encarregados de educação sejam obrigados a ficar em casa, não podendo ir trabalhar.
Por mais que uma vez, este mês, a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, lamentou a ausência de uma solução imediata, por falta de espaços adequados, mas garantiu que estava a tentar resolver o assunto, apostando num formato de atividades semelhante ao programa de férias ‘incluIR’. Através de um inquérito feito aos encarregados de educação, foram identificados 44 alunos de diferentes estabelecimentos de ensino.
Em declarações à RUM, a porta-voz, Rosa Oliveira, diz ter recebido a informação da possibilidade de haver “pólos em duas escolas”, embora com “entraves relativamente aos transportes”. “Sem a garantia de uma resposta para o início do ano letivo”, os encarregados de educação tentaram “arranjar alternativas”, mas sem sucesso.
“Chegamos às instituições, tentamos inscrever, não referimos nada em relação às necessidades das crianças e são aceites. Quando a gente diz que são crianças com necessidades específicas, respondem que não podemos porque não têm recursos humanos e precisam de levar o assunto à direção”, conta, acrescentando que se “recusam a dar respostas por escrito”.
Rosa Oliveira dá o exemplo de “uma IPSS que bloqueou, por e-mail, um membro do movimento que procurou inscrever o filho”. Os Pais em Luta esperam agora uma resposta por parte do Governo, de forma a que o assunto seja resolvido.
