Festival Vaudeville Rendez-vous encontrou o formato geográfico ideal

A organização do Festival Internacional de Circo Contemporâneo Vaudeville Rendez-Vous não pretende chegar a mais cidades, ultrapassando as barreiras do quadrilátero Urbano. O festival surgiu em 2014 na cidade de Famalicão, expandindo depois a sua programação de forma progressiva até abranger o Quadrilátero Urbano (Famalicão, Braga, Guimarães e Barcelos).
Em entrevista à RUM no âmbito da 9ª edição que decorre este mês, o diretor artístico, Bruno Martins assume que
“não tem sido uma ambição a abrangência cada vez maior do território”, admitindo que até o possa parecer pelo facto de ter saído de Famalicão para outras cidades com o passar dos anos. “Mas não temos esse desejo imperialista de avançar para lá destas fronteiras” fez questão de sublinhar.
Este ano, o Festival Internacional de Circo Contemporâneo decorre de 18 a 22 de julho nas cidades do quadrilátero.
Em 2016 o festival decorreu ao longo de duas semanas, mas Bruno Martins considera que há vantagens em concentrar o festival em quatro dias nas cidades do quadrilátero. “Pareceu-nos que concentrar o festival, ainda que ele seja apresentado em simultâneo nas quatro cidades, permite uma maior facilidade em vários aspectos: do ponto de vista técnico, do ponto de vista até da sustentabilidade, permite-nos que a mesma criação possa apresentar-se numa cidade num dia e na outra cidade no outro dia e, portanto, isso ajuda-nos e facilita esta capacidade de toda a organização do festival”, argumenta, realçando o facto de “também fazer com que com que o festival seja um momento forte”.
Direção artística assume desejo de concretizar “sonhos antigos” na edição de 2024
A caminho da data redonda – 10 edições do festival, em 2024 – a direção artística não tem novidades definidas, isto porque primeiramente é necessário transmitir eventuais ideias aos quatro municípios envolvidos na organização. No entanto, Bruno Martins fala em “sonhos antigos para que o festival possa desenvolver-se de um outro modo”.
Ano após ano, o público permanece fiel ao festival nestes territórios. Bruno Martins fala numa audiência “expressiva” que prova que “o festival nestas condições tem atraído muitos interessados no circo contemporâneo”. Além disso, a concentração temporal [quatro dias] apela ainda à visita de profissionais da área.
