DOMUS constrói em Tadim habitações para famílias refugiadas e portuguesas

A Domus– Dignificar a Habitação – está a construir seis casas, em Tadim, no concelho de Braga, para quatro famílias refugiadas, duas da Síria, uma dos Camarões e uma do Congo, e uma portuguesa, em situação de emergência, sendo que a outra habitação será da responsabilidade desta associação humanitária para arrendamento de emergência. Esta semana, a DOMUS conta com a ajuda dos do Colégio Luso Internacional de Braga na obra, cuja conclusão está prevista para 2024.


Estas famílias refugiadas têm ao seu cuidado cerca de uma dezena de crianças. “Queremos que este espaço habitacional seja uma comunidade de estrangeiros incluídos em Portugal”, apontou Helena Pina Vaz, presidente da direção da associação.

As cinco famílias serão proprietárias das casas, mas uma terá como finalidade o arrendamento de emergência, para dar resposta a casos, cada vez mais comuns, de pessoas que são despejadas e, por não terem contratos de arrendamentos, ficam sem teto.

Neste momento, toda a ajuda é benvinda, seja ao nível da mão-de-obra, de materiais de construção ou donativos monetários. Por não ter onde armazenar o material, a DOMUS apela à população com interesse em fazer donativos que entre em contacto para saber quais são os materiais que mais são necessários.

“Nós já construímos para famílias portuguesas, que normalmente têm um pequeno terreno ou uma casa em ruínas, mas para estas pessoas não existe nenhuma propriedade prévia, portanto o problema ainda é maior, é preciso encontrar o local onde intervir”, afirmou a Helena Pina Vaz.

Alunos do CLIB criam plataforma para refugiados venderem produtos do seu país

A presidente da associação não nega que “gostaria de ver este projeto replicado por todo o país, porque são muitos os refugiados que vão continuar a chegar”. Estas pessoas, frisa a responsável, também ajudam na obra da sua própria casa. “O remanescente das despesas é apresentado às famílias e vemos com eles quanto é que podem pagar por mês e ficam a pagar ao longo do tempo, sem juros”, apontou.


O ano passado os alunos do CLIB criaram uma plataforma para uma destas famílias em específico, que pretendia ter um negócio onde pudesse vender produtos alimentares africanos. O projeto foi alargado a todos os refugiados que queiram vender um produto. “Temos, por exemplo, uma senhora que vai vender umas bolachinhas que costuma fazer e que são típicas da Síria”, explicou Helena Pina Vaz.

Desde 2016, a comunidade escolar do CLIB, que faz trabalho voluntário na associação humanitária DOMUS, ajudou a integrar 12 famílias de refugiados, em Braga. 

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Liliana Oliveira
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