Após duas épocas na Liga 2, árbitra auxiliar Andreia Sousa sonha com primeira divisão masculina

Há três anos foi uma das primeiras auxiliares a integrar os quadros da arbitragem dedicados ao futebol masculino profissional. Após 25 jogos na Liga 2, para Andreia Sousa, o sonho de chegar ao principal escalão está cada vez mais presente.


Natural de Braga, a assistente terminou a época 2022/2023 na sétima posição da categoria AAC2, o ranking de pontuação dos auxiliares relativo à divisão secundária. De um total de 24 juízes, quatro do género feminino, Andreia Sousa foi a segunda mulher melhor posicionada, atrás de Vanessa Gomes (quinta) e à frente de Cátia Tavares (17ª) e de Olga Almeida, que terminou sem pontuação, visto que acabou por não fazer qualquer encontro.


A nível regulamentar já é possível uma árbitra figurar no quadro principal, mas, atendendo a que “normalmente” sobem três, de acordo com a minhota, entrevistada no programa RUM(O) Desportivo, à partida, “não deve dar para subir já”. Apesar de as hipóteses serem reduzidas, como as classificações dedicadas à primeira liga ainda não saíram, lembra que podem haver “jubilações”, por exemplo, que deixam mais vagas em aberto. “Temos de aguardar pelos quadros definitivos”, vinca.

Na última época fez 13 jogos na segunda liga, mais dois que em 2021/2022, que foi a primeira de Andreia Sousa nesse escalão. Se o número de desafios acabou por ser aproximado, registaram-se “algumas diferenças ao nível do rendimento”. “Há dois anos eu vinha de uma época praticamente parada. Recomeçar depois de uma gravidez, ainda por cima sem nunca ter competido a nível profissional, foi difícil. Esta época já correu bastante melhor porque já conhecia a estrutura, as equipas e o campeonato”, assinala.

Andreia Sousa foi uma das primeiras árbitras assistentes a passar nos testes para os quadros masculinos da arbitragem, a par de Vanessa Gomes, Cátia Tavares e Olga Almeida, na época 2020/2021. Começar a apitar jogos de futebol praticado por homens pressupôs “preparação física adicional”, tendo em conta “a diferença de fisionomia” comparativamente com as mulheres. A preparação teórica do jogo é “exatamente a mesma”, explica, embora “a velocidade seja maior” no masculino. No género feminino, a intensidade é “ligeiramente menor”, o que dá “mais tempo para raciocinar e tomar decisões”.


Internacional desde 2016, Andreia Sousa participou na Copa América


Além de se encontrar na segunda categoria de árbitros assistentes do quadro masculino, também está integrada nas provas disputadas por mulheres. Esta época, por exemplo, marcou presença na final da Taça da Liga, num desafio em que o Benfica venceu o SC Braga, em Aveiro. “Essa gestão é feita pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, em que a prioridade é a segunda liga masculina. Quando não temos jogos, estamos presentes nas competições femininas”, esclarece.

Internacional desde 2016, no feminino, Andreia Sousa já teve oportunidade de realizar jogos na Liga dos Campeões, particulares de seleções ‘A’, assim como torneios de sub-17 e sub-19. O ponto mais alto, confessa, foi a Copa América 2022, na Colômbia, fruto de uma parceria entre a UEFA, órgão que gere o futebol europeu, e a CONMEBOL, responsável pelo continente sul-americano. A bracarense não esconde a ambição de vir a participar em provas como o Mundial, o Europeu e os Jogos Olímpicos.

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Tiago Barquinha
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