Trabalhadores denunciam verbas em atraso; SASUM descartam responsabilidades
Na génese do protesto está o período de transição entre empresas subcontratadas, responsáveis pelo serviço de limpeza.
Os funcionários dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) estão em greve esta quinta-feira, Dia Internacional da Justiça Social para os Trabalhadores e Trabalhadoras da Limpeza Industrial e da Vigilância Privada. Cerca de 20 pessoas revindicam o pagamento de duas semanas laborais e o subsídio de Natal, relativos a dezembro.
Além da paralisação de 24 horas, que começou à meia-noite, o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas marcou uma concentração para a entrada do Campus de Gualtar, em Braga, durante a parte da manhã.
Em declarações à RUM, o coordenador nacional da secção de Limpeza Industrial aponta que “os SASUM não diligenciaram corretamente o concurso público” referente à subcontratação de um novo prestador de serviços. “A empresa que estava cá a prestar serviço era a Vez Limpa, que saiu no dia 5 de dezembro, e a empresa seguinte, a Servilimpe, só iniciou funções no dia 19 de dezembro”, explica.
Durante esse hiato de tempo, nota Eduardo Teixeira, “os funcionários trabalharam diretamente para o SASUM, como está previsto no contrato, quando existe um processo de transição entre empresas subcontratadas”. Nesse sentido, culpa o órgão afeto à Universidade do Minho, até porque “continuou a fazer o controlo de assiduidade e do tempo de trabalho dos funcionários”.
Contactada pela Universitária, a administradora refere que “não existe fundamento” para as críticas apontadas, considerando que os SASUM “não têm qualquer responsabilidade”, invocando um parecer jurídico. Alexandra Seixas, que assumiu funções, em janeiro, no mês seguinte ao período em causa, salienta que a obrigação de ressarcir os trabalhadores cabe à empresa subcontratada que cessou funções, a Vez Limpa.
Entretanto, o BE e o PCP já se mostraram solidários com os funcionários dos SASUM e, através dos respetivos grupos parlamentares, questionaram o Governo sobre se tem conhecimento e se vai tomar medidas para resolver o assunto.
