“O PSD não quer eleições antecipadas, quer que haja uma governação estável”

O vice-presidente do PSD e líder da distrital de Braga garante que o partido de Luís Montenegro não quer a dissolução do Parlamento.
Ainda antes de António Costa ter recusado o pedido de demissão do ministro João Galamba e de Marcelo Rebelo de Sousa ter manifestado publicamente que “discorda” da decisão, Paulo Cunha garantia à RUM que o PSD “não ousa interferir naquilo que são poderes exclusivos de um órgão que é exercido pelo Presidente da República”. “O PSD não quer, nem procura que haja eleições antecipadas, o PSD quer que haja uma governação estável”, frisou o social democrata.
Paulo Cunha admite, no entanto, que “perante os sinais que são conhecidos e que são evidentes, não é fácil augurar a possibilidade de haver um reencontro desse Governo”. “Nós desejamos que isso aconteça e esperamos que o primeiro-ministro tenha condições para o fazer, mas os sinais que temos evidenciam tremendas fragilidades na capacidade de liderar de António Costa”, acrescentou.
O vice-presidente do PSD vai mais longe e diz que o que o preocupa não é o ministro João Galamba, mas “o Governo no seu todo”. “Há uma patente falta de capacidade do primeiro-ministro em coordenar a ação do Governo”, disse Cunha.
O social democrata lembra que “a ministra da Agricultura tem uma relação tão difícil com os agricultores ao ponto de o Governo não ser convidado para a OviBeja pela primeira veza ministra da Justiça é incapaz de parar uma greve no setor e o ministro da Educação não consegue resolver o problema da greve dos professoras, que está a afetar o ensino em Portugal”. “O problema aqui não é do Ministro dos Infraestruturas, o problema é o Governo”, finalizou.
