Assembleia aprova contas da CMB de 2022 com elogios da direita e críticas da esquerda

A Assembleia Municipal de Braga aprovou o relatório de gestão e contas da Câmara de 2022. O ponto mereceu os votos favoráveis de PSD, CDS, PPM, Iniciativa Liberal, Aliança e presidentes de junta de freguesia da maioria de direita, os votos contra das bancadas do PS, CDU e Bloco de Esquerda e a abstenção do PAN e de presidentes de junta socialistas.

Do lado da direita, o social democrata Rui Marques evidenciou o aumento da receita, na ordem dos 13,8 milhões de euros, face a 2021, com um melhor desempenho na arrecadação da receita fiscal. Além disso, a bancada do PSD frisou a diminuição da dívida, em 2,4 milhões.

Para Rui Marques, o executivo liderado por Ricardo Rio tem tido capacidade para “afirmar Braga no plano internacional, ao mesmo tempo que promoveu a melhoria da qualidade de vida dos bracarenses”.

Já os socialistas lamentaram o aumento da carga fiscal. Segundo José Eduardo Gouveia, os bracarenses pagam agora “mais 63 por cento do que pagavam em 2011”, sendo que o investimento municipal “é metade de alguns anos atrás” e as transferências para as freguesias também desceram.

A resposta não demorou do lado da bancada do PSD. “É preciso ter lata para se dizer, como disse o deputado do PS que nunca em Braga se pagou tantos impostos. Desde que Ricardo Rio assumiu a gestão municipal, tem havido uma redução da carga fiscal. Se os bracarenses pagam mais impostos, é porque o Ministério das Finanças não para de os aumentar”, respondeu Rui Marques.

A aquisição de bens e serviços foi também alvo do discurso do socialista, que lembrou que, desde 2011, a autarquia “triplicou esses custos”, tendo gasto, “em três anos”, os milhões que “custa a construção da Variante do Cavado”. “Nunca os bracarenses pagaram tanto para receber tão pouco”, afirmou José Eduardo Gouveia, lamentando os “investimentos falhados”. Ainda da bancada socialista, João Nogueira considera que o município “pode reduzir taxas e tarifas” e investir mais em creches.

Para o deputado da CDU, João Melo, 2022 “foi um ano perdido nas respostas aos problemas do concelho”, com o aumento “da despesa sem resolução dos problemas” detetados na área da habitação, com “muito ainda por fazer na reabilitação dos bairros”, ou da mobilidade, onde dizem ser “lamentável que a maioria continue a abandonar o projeto de construção de uma ligação ferroviária» entre Braga e Guimarães”. “Com este trajeto, Braga continua a adiar o futuro”, afirmou o deputado da CDU.

Carlos Neves, do CDS, também apreciou o documento e elogiou a “gestão eficiente” da maioria liderada por Ricardo Rio. “A prestação de contas de 2022 tem de ser analisada à luz dos fenómenos atípicos”, afirmou.

A Iniciativa Liberal considera que é possível reduzir os impostos, sobretudo no que toca “à derrama”, que registou um acréscimo em 2022. Para o PPM, a Câmara de Braga “está saudável e recomenda-se”.

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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