Quase 28% dos alunos da UMinho são bolseiros
A academia integra o lote de universidades com maior atribuição de bolsas, liderado pela Universidade da Madeira, com 42,21% de estudantes bolseiros.
Dos 20 418 aluno da Universidade do Minho, 5701 são bolseiros, o que equivale a 27,92%.
Os números são divulgados hoje pelo Jornal de Notícias. A academia integra o lote de universidades com maior atribuição de bolsas, liderado pela Universidade da Madeira, com 42,21% de estudantes bolseiros. No sentido inverso aparece a Universidade Nova de Lisboa, onde a percentagem de bolseiros não vai além dos 8,65%.
A análise feita pela comissão independente nomeada pelo Governo para avaliar o regime jurídico das instituições mostra “casos evidentes de falta de equidade no acesso”. As universidades com menor percentagem de bolseiros estarem em Lisboa e no Porto e há uma maior preponderância de alunos apoiados no ensino politécnico e em instituições localizadas em zonas com “uma componente rural forte”.
Estes baixos valores de bolseiros, lê-se no estudo, “podem ser resultantes de um nível salarial mais elevado ou da política de contenção das vagas nas instituições dos grandes aglomerados urbanos que torna mais difícil o acesso dos alunos de menores recursos”.
o politécnico tem “maior participação por parte das famílias de menores rendimentos do que o universitário”: 25,45% dos alunos são bolseiros, contra 17,02% nas universidades.
Apuram-se ainda grandes distorções entre cursos. Com “predominância de alunos das classes mais favorecidas em cursos como Medicina ou nas engenharias do Instituto Superior Técnico ou na Faculdade de Engenharia do Porto e o seu afastamento, por exemplo, dos cursos de Enfermagem e de Educação”. Porque, escrevem, “os socioeconomicamente mais favorecidos usam as suas vantagens socioeconómicas para assegurar os melhores resultados”.
c/JN
